Resenha: Como dizer adeus em robô - Natalie Standiford @galerarecord

Informações do livro:                                 
Título: Como dizer adeus em robô
Título Original: How to Say Goodbye in Robot
Autor: Natalie Standiford
Editora: Galera Record
Páginas: 344




Sinopse: Com um toque melancólico, o livro conta a singular ligação entre Bea e Jonah. Eles ajudam um ao outro. E magoam um ao outro. Se rejeitam e se aproximam. Não é romance, exatamente mas é definitivamente amor. E significa mais para eles do que qualquer um dos dois consegue compreender... Uma amizade que vem de conversas comprometidas com a verdade, segredos partilhados, jogadas ousadas e telefonemas furtivos para o mesmo programa noturno de rádio, fértil em teorias de conspiração. Para todos que algum dia entraram no maravilhoso, traiçoeiro, ardente e significativo mundo de uma amizade verdadeira, do amor visceral, Como dizer adeus em robô vai ressoar profunda e duradouramente.



Resenha: A protagonista de “Como dizer adeus em robô” se chama Beatrice Szabo e apresenta uma personalidade bem diversificada e criativa. Não costumo começar as resenhas falando sobre os personagens, porém é necessário citar o quanto esta em especial se destaca por suas descrições dinâmicas e principalmente por sua imaginação vasta. 

Ela é hilária! A família dela se mudava constantemente de cidade por causa do serviço do pai – professor – e de sua busca incessante por subversões maiores ou referencias excepcionais, mas é claro que Bea já estava acostumada a esta rotina que também incluía novas escolas. 

Logo que vai para Baltimore, ela já entende todas as sensações de ser considerada a garota nova, mas nessa em especial ela acaba conhecendo pessoas especiais, cada uma a sua maneira. Claro que Bea já havia se acostumado com a situação, mas parece que sua mãe é que se encontra mais emotiva que a própria filha, e talvez por isso a consideração inicial sobre ser ou não um robô. 

Tudo começou quando Goebbels, o pequeno roedorzinho e mais novo membro da família não durou muito tempo entre eles. Bea não deu muito atenção para a morte do animal e não conseguiu entender como a mãe se apegara tanto a esse fato, a ponto de se desfazer em lágrimas. A única solução provável é que alguém estava se sentindo muito, mas muito solitária. Né?


“– Ah! – gritou minha mãe. – Você não tem coração. – Ela colocou o corpo do ratinho de volta no aquário e olhou duramente para mim. – Você não é uma menina – falou. – É um robô!” Pg.12


Em paralelo, Bea acaba conhecendo o menino fantasma – ou melhor dizendo, Jonah Tate – que nutre esse apelido justamente por ser pálido e ser considerado invisível por todos. Na verdade, a história dele apresenta fatos bem cruéis. 

Imagine seus colegas de classe fingirem que você está morto e ate montarem um funeral de mentira. Imaginou? Foi isso mesmo que aconteceu e depois disso todos gritavam quando o vissem: “Aaaahhh! Um f-f-f-fantasma!”. Isso tudo aconteceu quando estavam na sétima série e agora se encontram no terceiro ano, e ainda há alguns que vivem atormentando o rapaz. Realmente é muita perseguição para uma só pessoa.


“Não importa o quanto nos mudássemos ou onde vivêssemos, meu pai tinha seus alunos e sua pesquisa e o livro no qual estava trabalhando e seus colegas fascinantes. Minha mãe e eu tínhamos uma à outra. Ou costumávamos ter, até eu virar um robô e ela ficar maluca.” Pg.35


Parecia algo improvável, mas Bea e Jonah iniciam uma amizade um tanto complexa e ao mesmo tempo sutil, assim, como surgem no decorrer da história, novos personagens intrigantes para completar as cenas. No decorrer dos fatos, uma estação de rádio entra em cena para fazer com que a imaginação de Bea vá mais longe que o normal.


“Com cada revelação, eu me sentia sendo mais atraída para dentro do mundo de Jonah. E era assustador e emocionante. O misterioso Garoto Fantasma estava me contando os detalhes perturbadores de sua vida familiar. Segredos que ninguém mais conhecia.” Pg.90


Este livro possui um enredo encantador, com toques extras de dramas, cativos e enlouquecedores, justamente por causa de sua narração ousada e distinta. Remete o leitor a entender várias mensagens significativas e que por ser diferente daqueles romances habituais e repletos de intensidade, não quer dizer que “Como dizer adeus em robô” não passe algum tipo de emoção peculiar – porque com certeza, tem suas passagens emocionantes.


“Jonah? Eu gosto dele – falei. – Gosto muito dele. Ele é minha pessoa favorita em toda a cidade de Baltimore. Talvez do mundo.” Pg.169


Classificação SEL: 4/5

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