Título: Adeus à Inocência
Título Original:Little girl gone
Autor: Drusilla Campbell
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272
Sinopse: Madora tinha 17 anos quando Willis a “;resgatou”;. Distante da família e dos amigos, eles fugiram juntos e, por cinco anos, viveram sozinhos, em quase total isolamento, no meio do deserto da Califórnia. Até que ele sequestrou e aprisionou uma adolescente, não muito diferente do que Madora mesmo era, há alguns anos... Então, quando todas as crenças e esperanças de Madora pareciam sem sentido — e o pavor de estar vivendo ao lado de um maníaco começava a fazê-la acordar —, Django, um garoto solitário, que não tinha mais nada a perder depois da morte trágica de seus pais, entrou em sua vida para trazê-la de volta à realidade. Quem sabe, juntos, Django, Madora e seu cachorro Foo consigam vislumbrar alguma cor por trás do vasto deserto que ajudou a apagar suas vidas?
Resenha: “Adeus à inocência” de Drusilla Campbell apresenta uma história intrigante e relata um assunto bastante conflituoso e assustador. A narrativa no começo pode ser meio complicada, porém a partir do momento em que você entra na trama e se envolve com os personagens e seus problemas, consegue decifrar cada passo das próximas páginas e consequentemente sobre a sua complexidade.
Madora era muito nova quando adentrou em um mundo
solitário, perverso e desconhecido, envolto por drogas e problemas do tipo.
Apesar dos problemas familiares e de amigos nem um pouco sensatos, a garota
sabia que essas coisas não eram certas e que precisava desesperadamente mudar.
Ela estava perdida mesmo, até que Willis entrou em seu caminho e lhe disse que
não iria deixar que nada lhe acontecesse de ruim. Será?
Cinco anos depois, e agora com 22 anos, Madora parecia
se encontrar melhor do que anteriormente. O leitor é apresentado ao seu cão Foo
e de como o encontrou. De cinco filhotes de pit bull ele foi o único
sobrevivente e esse fato pode parecer muito leviado, porém passa a sensação de
que ele tinha uma missão muito importante a cumprir, com sua presença amigável
e esperançosa. Essa é uma das verdades deste livro.
Madora vivera com Wills em uma casa alugada por quase
quatro anos, porém sua memória não era muito vívida e as lembranças acabam se
misturando. Wills trabalhava como provedor de assistência médica domiciliar e
ela vive praticamente isolada de tudo e de todos. Wills é muito exigente e ela
faz tudo para lhe agradar. Porém depois que Linda surge em sua vida, Madona
começa a se questionar sobre o homem que ela acha que conhece e sobre seu
passado duvidoso.
Linda se encontra trancada num trailer, estava grávida,
e depois do parto Wills vende o bebê a um advogado. O objetivo é que com esse
dinheiro ele possa ir para a faculdade de medicina. Será que Madora não percebe
que sua trajetória de vida fora bem parecida com a de Linda? Esses momentos
trazem alguns sentimentos de raiva, angustia e até medo, porque é difícil entender
como ela pode suportar tudo isso, mas ao mesmo tempo tudo se torna tão
compreensível, já que a inocência fora a sua principal inimiga desde o começo.
Wills a tratou com carinho, lhe deu atenção e apoio, a escutou e disse que
nunca ia decepcioná-la. Claro que ela, sendo tão nova e sem experiências,
cairia nesse jogo sentimental, sem nem pensar em duvidar nas intenções dele.
Até que ela conhece Django Jones. Um menino de 12 anos,
solitário e inexpressivo, que perdera seus pais há pouco tempo e agora vive sob
custódia, com sua tia Robin. E depois do primeiro encontro, os dois começam a
se ver com maior frequência, e assim dando ínicio a uma bela amizade. Assim
ambos se ajudam e começam a ver a vida com maior clareza, a pensar em
estratégias para fuga e também sobre o futuro que os aguardava. Quem sabe
Madona poderia até fazer planos para a sua vida... Madora pensava que tinha
liberdade, mas mal sabia ela que era tudo fruto de uma prisão escondida.
“Adeus à inocência” possui um enredo emocionante, com
uma história tão intensa que torna a leitura ágil e motivadora. Nos faz
refletir sobre nossas próprias decisões, bem como o rumo de nossas vidas.
“Madora Welles tinha 12 anos quando aprendeu que
algumas garotas têm sorte na vida, e outras nem tanto. No dia em que seu pai
foi a pé para o deserto, ela aprendeu que a sorte pode esgotar-se num único
dia. Depois disso, não houve mais papai contando toda a história de João e o Pé
de Feijão, do início ao fim, em um minuto cravado.” Pg.09
Classificação
SEL: 4/5
Comentários
Bjo!
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