Título: A Casa do Céu
Título
Original: A house in the sky
Autor: Amanda Lindhout – Sara Corbett
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Sinopse: Quando criança, Amanda escapava de um lar violento folheando as páginas da revista National Geographic e imaginando-se em lugares exóticos. Aos dezenove anos, trabalhando como garçonete, ela começou a economizar o dinheiro das gorjetas para viajar pelo mundo. Na tentativa de compreendê-lo e dar sentido à vida, viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh e Índia. Encorajada por suas experiências, acabou indo também ao Sudão, Síria e Paquistão. Em países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, ela iniciou uma carreira como repórter de televisão. Até que, em agosto de 2008, viajou para a Somália — “;o país mais perigoso do mundo”;. No quarto dia, ela foi sequestrada por um grupo de homens mascarados em uma estrada de terra. Mantida em cativeiro por 460 dias, Amanda converteu-se ao islamismo como tática de sobrevivência, recebeu “;lições sobre como ser uma boa esposa”; e se arriscou em uma fuga audaciosa. Ocupando uma série de casas abandonadas no meio do deserto, ela sobreviveu através de suas lembranças — cada um dos detalhes do mundo em que vivia antes do cativeiro —, arquitetando estratégias, criando forças e esperança. Nos momentos de maior desespero, ela visitava uma casa no céu, muito acima da mulher aprisionada com correntes, no escuro e que sofria com as torturas que lhe eram impostas. De maneira vívida e cheia de suspense, escrito como um excepcional romance, A Casa do Céu é a história íntima e dramática de uma jovem intrépida e de sua busca por compaixão em meio a uma adversidade inimaginável.
Resenha: “A Casa do Céu” apresenta uma narrativa
angustiante, porém valente e inspiradora. Amanda
Lindhout passou por muitas coisas difíceis e nesse relato o leitor é
redirecionado à memórias marcantes sobre suas origens, anseios por viagens e o
retrato de uma tragédia cruel.
É necessário citar que antes o leitor adentra numa
narração carregada de dramas, envolvendo a vida de Amanda e toda a trajetória
desde a infância, problemas conturbados e sérios com a família, encontros e
desencontros. O pai assumiu ser gay e a mãe se uniu com Russell, um rapaz mais
novo que ela, inseguro e com crises de violência e bebidas. Sua família era
complicada e um tanto descontrolada, mas apesar disso se amavam cada um a sua
maneira.
Aos dezenove anos foi morar em Calgary, uma cidade com
novas possibilidades e ela esperava encontrar um bom emprego na região. Até que
conseguiu um para servir drinks no “The Drinks” um bar conhecido. Embora não fosse
o que estava planejando e na época o namorado Jamie ter sido contra, Amanda
conseguiu faturar bastante dinheiro no local e sentiu uma certa liberdade para
aprender coisas novas.
Tinha o desejo de viajar para algum lugar. Inicialmente desejou ir à África, mas em 2011 acabou reservando duas poltronas para uma viagem com destino à Caracas, capital da Venezuela em janeiro/2012, com regresso programado para seis meses depois. A época não era a mais favorável para viajar, só que eles não desistiram. Em seus planos, queriam ir, além da Venezuela, no Brasil e Paraguai.
Tinha o desejo de viajar para algum lugar. Inicialmente desejou ir à África, mas em 2011 acabou reservando duas poltronas para uma viagem com destino à Caracas, capital da Venezuela em janeiro/2012, com regresso programado para seis meses depois. A época não era a mais favorável para viajar, só que eles não desistiram. Em seus planos, queriam ir, além da Venezuela, no Brasil e Paraguai.
Esse foi só o começo de tudo. Depois surgiu o fim do
relacionamento com Jamie e Amanda seguiu sua vida normalmente. Tampouco não
desistiu da ideia de viajar pelo mundo, fazer um “mochilão” e conhecer
culturas novas. Essa sua rotina se mostrou bem atraente, ainda mais que em
seguida ela começou a viajar bastante e escrever sobre suas aventuras. Parece
ser tão divertido né?! Sua alegria em explorar e experimentar novos lugares e conhecer
pessoas é palpável e contagiante.
O fato é que quando começou a trabalhar no meio jornalístico
como repórter visitou lugares perigosos e assolados pela guerra. Assim ela iniciou
sua jornada de trabalho como freelancer
da TV Iraniana Press. O que ocorreu em sua vida foi devastador, ainda mais por aguentar
tantas torturas e de diversas maneiras. Amanda e o fotógrafo australiano Nigel Brennan (seu ex-namorado) foram seqüestrados
na Somália e suas vidas mudaram drasticamente, ficando em um cativeiro durante intermináveis
460 dias.
É uma leitura bem difícil e incompreensível, porque não temos nenhuma dimensão de tudo que ela passou nesse período. E por isso mesmo o envolvimento e o turbilhão de emoção se tornam maiores. Comecei a ler faz umas duas
semanas e as interpretações ainda me deixam abaladas. É comovente entender o
quanto uma pessoa pode agüentar diante de um momento difícil e ainda ter
esperança para seguir em frente. Diante de um trauma é possível haver compaixão
e perdão? Este livro comprova que sim.
“Éramos parte de uma transação desesperada,
multinacional e importante. Éramos parte de uma guerra santa. Éramos parte de
um problema maior. Fiz promessas a mim mesma sobre o que faria se conseguisse
sair daquela situação. Levar minha mãe para viajar. Fazer algo de bom para
outras pessoas. Desculpar-se pelo que fiz de errado. Encontrar o amor.” Pg.13
Classificação
SEL: 4/5
As autoras:
Amanda Lindhout é fundadora
da Global Enrichment Foundation (Fundação para o Enriquecimento Global), uma
organização sem fins lucrativos que apoia iniciativas para o desenvolvimento,
educação e ajuda humanitária na Somália e no Quênia. Para mais informações,
visite: amandalindhout.com e globalenrichmentfoundation.com
Sara Corbett é
colaboradora da revista do New York Times. Seus trabalhos também apareceram em
publicações como National Geographic; Elle, Outside, O (e Oprah Magazine),
Esquire e Mother Jones.
Comentários
https://recantodapaah.blogspot.com/
Beijos.
http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br
parece ser bem marcante, para qualquer um...
pretendo ler ele logo *-*
Bjs, Rose.
Não conseguia parar de ler, comecei na sexta-feira e terminei no domingo.
Indico a todos.