Título: Eleanor & Park
Título original: Eleanor & Park
Autor: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 328
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
Resenha: “Eleanor & Park” é daqueles livros
que absorvem emoções empolgantes e realistas desde as primeiras impressões. Indecisões,
medos, complicações e descobertas são tratadas com profundidade e relevância,
assim como cada personagem segue um caminho de avaliações e perspectivas
intensas. O mais interessante? Cada ação tem mesmo uma reação.
A narrativa é dividida entre os pontos de vista de
Eleanor e Park, e ocorre no ano de 1986. Ela é a garota nova – e solitária –,
que precisa se habituar a tudo e a todos, principalmente diante de uma rotina
humilde e estando ao redor de pessoas maldosas.
Cheia de encanações sobre si mesma
e seu corpo, a garota ainda tem que aturar piadinhas de alguns alunos da
escola por causa de seu jeito de se vestir e da própria aparência, sendo assim
vítima de bullying. Aos poucos precisou acostumar com muitos hábitos novos,
mesmo que também estivesse vivenciando problemas familiares. Por isso demonstra
ter uma personalidade tão forte, apesar da pouca idade.
Park se mostrou muito cuidadoso e perfeito em todas as
suas atitudes, já que entendia como funcionava a escola que frequentava. Só precisava manter distância e planejar cada
passo com atenção. Ele começou a sentar ao lado de Eleanor no ônibus e no
início se viu em uma situação descontente, já que a achava bem estranha. Só que
percebeu que Eleanor estava se esforçando para ler seu gibi (enquanto ele lia
no ônibus) e tinha bastante interesse. Tudo começou mais ou menos dessa
maneira, meio sem querer, meio inevitável...
“Havia algo nas canções daquela fita. Eram diferentes.
Causavam um aperto no peito e na barriga. Havia algo de excitante, e algo de
angustiante. Faziam Eleanor se sentir como se tudo, como se o mundo, não fosse
o que ela pensava ser. E era uma coisa boa. Era a melhor coisa de todas.” Pg.60
Uma relação de
trocas foi iniciada justamente por causa dos gibis. Park emprestou várias
edições e demorou a acreditar que Eleanor lesse tão rápido. Depois vieram as
fitas cassetes com canções bem interessantes. A comunicação dos dois era
minuciosa, repetida, sarcástica, impaciente, atenta aos detalhes e projeções de
sentimentos. Os diálogos foram construídos com leveza e muito altruísmo, sendo
que fica muito mais fácil e envolvente acompanhar as analises e pensamentos
mais íntimos de cada um.
Os personagens secundários incrementam um ritmo bem
complexo. O padrasto de Eleanor, Richie, é um exemplo de complicações e
repugnâncias sem fim. É um dos responsáveis por algumas cenas trágicas, aflitivas e alarmantes.
O enredo aborda temas fortes e cheios de reflexão. O
medo de certas pessoas e a angústia presente em tantos momentos diz respeito as
escolhas e vivências dos personagens. Ou seria uma missão a ser cumprida sobre
libertações? O caso é que ambos representam a força e a coragem para expor
opiniões e demonstrar afeto. Aprendem conceitos sobre um relacionamento,
amizades, tempo e diferenças.
O destaque principal? Poder acompanhar o pensamento de
Eleanor e Park em determinados momentos impactantes, como se suas perspectivas e inseguranças se
completassem. A história apresentada por Rainbow Rowell segue os princípios
e reviravoltas a respeito do primeiro amor, faz o leitor rir como se achasse
algumas cenas memoráveis – afinal, é isso que são mesmo – e chorar por momentos
tristes, sem justificativas, como se nada mais tivesse sentido. É um livro que
analisa o comum e o diferente, levando em consideração as opiniões e a atração,
que se torna surpreendente.
“Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma
borboleta. Ou um coração a bater. Como segurar algo completo, e completamente
vivo.” Pg.74
Classificação SEL: 5/5 ♥
Comentários
vi umas resenhas bem negativas sobre ele, mas Eleanor e Park parecem ser umas graças *.*
e esta capa também é fofa demais né? hehe
Beijos! || ape56.blogspot.com
Beijinhos