Título: Battle Royale
Título original: Batoru Rowaiaru
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Páginas: 664
Sinopse: Em 'Battle Royale' o autor se aprofunda com mais vigor no desenho psicológico dos numerosos personagens - a turma de estudantes tem 42 pessoas -, trazendo à tona informações sobre a história de cada um como forma de explicar seu comportamento e suas reações diante dos perigos do jogo pela sobrevivência. Na batalha de todos contra todos, há os que enlouquecem, os que se revoltam, os que extravasam os piores instintos, os que buscam se alienar - e até os que assumem com prazer a missão de eliminar pessoas que horas antes eram colegas de classe. Nesse ambiente, o fio do suspense se mantém esticado o tempo todo - é possível confiar em alguém? Do que um ser humano é capaz quando toda forma de violência passa a ser incentivada?
Resenha: “Battle Royale” é completamente
diferente das últimas histórias que li recentemente. O livro possui uma
atmosfera exaltada e suspeita, fazendo com que o ritmo dos acontecimentos se
torne mais ágil e sincronizado. Ocasionalmente também é possível citar várias
semelhanças com outras distopias. Porém cada obra se define pelas ações e este
pode ser marcado como hostil, amedrontador e muito enigmático.
Battle Royale é o nome que se dá a um tipo de luta
livre profissional, só que possui definições bem peculiares e decisivas. Por
meio desta pequena introdução, inicia-se, sem que houvesse algum tipo de
comunicação, um jogo de vida ou morte,
com várias batalhas e passagens alarmantes.
Os estudantes da turma do nono ano da escola de ensino
fundamental Shiroiwa da Província de Kagawa são citados por números, além dos
próprios nomes (Ex: Yoshio Akamatsu - estudante n* 1,
Yoshitoki Kuninobu - estudante n* 7 e assim por diante). De inicio
demonstram ser bem tranquilos, se relacionam normalmente com os colegas e
mantém um ritmo bem estruturado. Ao todo são 42 alunos e ao longo da narrativa, também há descrições
inquietantes sobre eles. Além disso, ainda é possível compreender algumas
regras da região, bem como costumes e pensamentos diversos.
Disseram-lhes que estavam
a caminho de uma excursão escolar, entretanto algumas coisas começaram a
ficar inacreditavelmente estranhas. O ambiente se torna mais sombrio, silencioso
e acomodado. Eles ficam com sono cedo demais e isso não parece o certo, pelo
menos não quando deveria haver muita empolgação e divertimento por parte dos
alunos.
Depois disso são
considerados jogadores e durante este período de desespero (em que se
encontram numa ilha misteriosa), não tem como avaliar as primeiras impressões,
visto que nada parece exato e os problemas só tendem a piorar. Eles não pediram
para lutar uns contra os outros, mas são forçados a tomar atitudes extremas e
violentas. Assim como suas famílias também são avisadas, sendo que uns aceitam
sem poder intervir e outros se revoltam e são submetidos a punições.
Repentinamente, eles se veem com colares – como se
fossem coleiras – ao redor do pescoço, em forma de apropriação e segurança. Recebem
uma bolsa com instrumentos julgados necessários para sobrevivência: água,
alimento, armas, mapa e uma bússola. E são informados de que o objetivo
principal é de matar uns aos outros.
A classe deles foi escolhida esse ano para a
realização do “Programa”. As definições
são claras ao dizer se tratar de um experimento do governo, para testar as
habilidades dos participantes. O único sobrevivente se tornará o ganhador e
receberá uma pensão vitalícia e um cartão assinado pelo soberano. Há muitas
informações relevantes sobre este sistema que julga esta atitude necessária
para poder defender a pátria.
Expressões firmes, irracionais, tensas e de espanto
são normais ao longo dos acontecimentos e há diversas reviravoltas e surpresas
cortantes. O medo e a raiva deles são visíveis
e esses sentimentos tornam-se uma constante na narração. É um livro que prende
o leitor por causar tanta euforia e, se demorei mais para concluir a leitura
foi apenas por causa das páginas (664), porque se dependesse de mim virava dias
para finalmente saber a conclusão.
A obra é imprevisível e é chocante pelos atos
insensíveis. É criteriosa em distintos aspectos, pelo menos no que diz respeito
que os alunos precisam ter responsabilidades e aprender a tomar decisões,
independente das consequências.
“O motorista – um homem na casa dos quarenta,
grisalho, de aspecto simpático, ainda usando a máscara de oxigênio que lhe
deixava marcas na pele cansada – olhou com leve piedade os estudantes da turma
B. Porém, tão logo outro homem apareceu sob a janela, o motorista voltou a
enrijecer o rosto. Levantou o braço, oferecendo ao homem o excêntrico
cumprimento padrão da República da Grande Ásia Oriental. Em seguida, apertou o
botão para abrir a porta e manteve o olhar num ponto distante enquanto homens
com máscaras e uniformes de batalha subiam no veículo.” Pg.35
Classificação
SEL: 5/5
Comentários
Beijos.
http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/
me lembra um pouco Jogos Vorazes, mas acho que não tanto sangrento né kkkkkk
se bem que eu adoro ler livros assim, e é por isso que estou curiosa para ler este logo ;~~
Mas como dizem: "Nada se cria, tudo se copia".
Enfim é só lendo para saber.Mas, é uma ótima recomendação!
Além de que tem muito mais enredo e que você realmente se emociona com a história dos personagens