Título: A Costureira
Título original: The Dressmaker
Autor: Kate Alcott
Editora: Geração Editorial
Páginas: 376
Sinopse: Uma jovem ambiciosa e uma estilista célebre sobrevivem ao maior naufrágio da História, mas são arrastadas pelo turbilhão de escândalos que se segue à tragédia. Tess Collins, uma jovem inglesa que sonha ser mais que uma empregada e ver reconhecido o seu talento para a alta costura, consegue emprego com a famosa estilista lady Duff Gordon a bordo do Titanic, que ruma para os Estados Unidos. Porém, a viagem que se iniciou de forma tão auspiciosa acaba se tornando a maior tragédia marítima de todos os tempos. Tess e lady Duff sobrevivem, a primeira para viver as aflições do amor e as chances de ascensão social, a segunda para se ver envolvida nos escândalos do inquérito sobre o terrível desastre naval. Com um pano de fundo histórico, mas sob um ângulo inédito, este soberbo romance acompanha a trajetória dessas duas mulheres apaixonadas pela linha e agulha, tão parecidas e tão diferentes, deleitando-nos com um retrato emocionante de uma época conturbada e de uma sociedade dividida. Tess simboliza a modernidade livre de preconceitos de classe e rica em oportunidades, enquanto lady Duff representa a decadente Belle Époque, um mundo de glamour e privilégio com os dias contados, assaltado pelas contestações sociais, indústria de massa incipiente e pressões da mídia.
Resenha: “A Costureira” de Kate Alcott (pseudônimo de Patricia O’Brien), é carregado
de ideais grandiosos, analíticos, densos e emoções contraditórias. É um livro
complexo e enriquecido por narrativas fortes e realistas. Além da própria
história da protagonista, os eventos descrevem momentos de prepotência, medo,
ansiedade e discordâncias em meio à tragédia marítima.
Quem nunca ouviu
falar do transatlântico RMS Titanic, em toda sua inicial grandiosidade e posterior
tristeza?! Este enredo se torna peculiar e comovente justamente pela junção da
realidade e ficção, valorizando pontos densos e cheios de expectativas.
Tess Collins é a protagonista
desta trama e é apresentada com uma personalidade ousada, orgulhosa e
insistente. Apesar de não ter muitos bens, num ímpeto decidido de loucura e/ou entusiasmo,
resolve mudar algumas coisas em sua vida. Sabe que tem jeito para a costura e por isso
vai atrás de seus objetivos ao ingressar num luxuoso navio. Confesso que logo
também torci pelos avanços da relação com o marinheiro Jim Bonney. A moça também faz amizade com o milionário Jack Brementon e desperta alguns
interesses na ocasião.
Lucy Duff Gordon entra
em cena para causar ainda mais alvoroço e determinação à Tess. Ela é uma
personagem (real) conhecida por seu nobre trabalho de estilista. Uma relação tendenciosa
e com alguns conflitos surge entre Lucy e Tess, que acaba exercendo serviços
para a profissional um tanto quanto manipuladora.
Aos poucos é perceptível
as influencias transmitidas pelas duas na época retratada, desde a maneira de
pensar e agir, até as ações e adequações realizadas em conjunto. Mesmo sendo
tão arrogante e fria, não demorou muito para Lucy perceber a potencialidade de
sua auxiliar.
Claro que ninguém esperava que o navio fosse afundar
por causa de um iceberg, mas isso de fato aconteceu. Tess, Lucy e outros
passageiros da primeira classe conseguiram sobreviver e após disso inicia-se uma
investigação e várias discussões sobre o ocorrido.
A visão do trabalho diante das produções, pesquisas,
estruturas e planejamentos são narrados com uma estrutura bem desenvolvida e
sutil. Outras questões relevantes são abordadas ao longo dos acontecimentos,
como por exemplo, as exposições da imprensa, preconceitos, política, demandas
sociais e escândalos diversos. A pressão da época é enorme, causando muitos
efeitos aos envolvidos. A autora desvenda o desespero e as reconstruções de
modo espetacular, mostrando várias reflexões nas entrelinhas.
“O navio estava agora quase perpendicular ao céu
noturno estrelado, uma linha vertical, pairando como uma bailarina na ponta da
sapatilha. As luzes das cabines e dos deques ainda estavam acesas, e um
estranho brilho verde das luzes da parte submersa do navio iluminaram o mar
escuro. Era, estranhamente, uma bela visão.” Pg. 64
Classificação
SEL: 4/5
Comentários
será este interesse do Sr. Jack, romantico ou com outras intensões?
acho que isso não é um triângulo amaroso, mas sim um quadrado hahahaha
Bjs, Rose
Fiquei curiosa, adoro a capa!!! Bjos
Leituras, vida e paixões!!!