Título: Belle Époque
Título original: Belle Epoque
Autor: Elizabeth Ross
Editora: Verus
Páginas: 294
Sinopse: Na Paris da Belle Époque, tudo está à venda — inclusive a beleza. Quando Maude Pichon foge de casa, na provinciana Bretanha, e vai para Paris, seus sonhos românticos evaporam tão rápido quanto suas economias. Desesperada para arrumar um emprego, ela responde a um estranho anúncio de jornal — a Agência Durandeau está em busca de jovens pouco atraentes a fim de fornecer a suas clientes um serviço singular: uma moça sem graça contratada para acompanhar as damas da sociedade e fazê-las parecer mais belas. A condessa Dubern precisa de uma acompanhante para Isabelle, sua voluntariosa filha, e Maude é considerada o adorno perfeito para tornar a moça mais bonita. Isabelle nem desconfia de que sua nova “amiga” foi contratada pela mãe, e a mera presença de Maude entre a aristocracia depende de que consiga guardar esse segredo. No entanto, quanto mais ela conhece e se afeiçoa a Isabelle — uma jovem determinada a desafiar as expectativas da sociedade e a estudar ciências na universidade —, mais sua lealdade é posta à prova. E, enquanto a farsa persistir, Maude terá muito a perder. Belle Époque se passa no auge da boemia parisiense, quando a cidade efervescia, homens e mulheres estavam no ápice da elegância e a moral estava em franca decadência. Esta é uma história de coragem, paixão e desafio que se desenrola sobre o pano de fundo de um dos períodos mais importantes da história da Europa.
Resenha: Ouso
dizer que, dentre os tantos livros da minha estante, “Belle Époque” tem uma das capas mais bonitas e com detalhes visivelmente
atraentes. É uma das características mais marcantes, sendo que posteriormente o
destaque está no enredo histórico e suas discrições sutis e significativas. De qualquer
modo, há uma concentração enorme a respeito de mudanças que remeTEm a várias consequências,
o que torna a trama um pouco carregada e ainda mais intrigante e respeitável.
A protagonista
Maude Pichon é uma jovem que apresenta
ser bem corajosa e espontânea. É uma pessoa fácil de se identificar, não tanto por
suas escolhas, mas pelo modo de ver a vida e de tentar seguir seus sonhos. Após
fugir de casa por não aceitar um acordo de casamento que seu pai havia lhe
arranjado, ela vai para Paris e lá começa uma trajetória complicada e com
algumas dificuldades.
A moça vai a
procura de um anúncio de emprego – que parece ser uma oportunidade promissora
inicial, mas claro que nem imagina do que se trata. É algo tão peculiar e que se
move primeiramente por interesse calculista de ambas as partes. A agência gostaria
de contratá-la como Repoussoir, para
que ela faça companhia às madames da alta sociedade e as evidencie perante os
outros.
É um conceito
bem simples: mulheres feias devem estar ao lado de madames bonitas, e é óbvio
que esta teria maior destaque. Por isso a autora Elizabeth Ross apresenta uma narrativa
sensível para mostrar como uma repoussoir se sente. Parece um termo tão
repugnante e irreconhecível. Infelizmente, depois de algum tempo, Maude percebe
que não tem opções e precisa mesmo aceitar o serviço, que em sua concepção é humilhante,
terrível e imperceptível demais.
As moças
acabam passando por treinamentos para aprenderem a se portar direito, tem aulas
de boas maneiras e principalmente para saber quais são as suas reais
obrigações. O problema é que as falhas e seus defeitos são apontados a todo o
momento, dificultando qualquer sinal de afeição ou benefícios pelas tarefas que
serão oferecidas. A autoestima dessas mulheres se torna questionável, assim
como qualquer tipo de confiança e precauções.
A Condessa
Dubern acha Maude ideal para fazer companhia a sua filha Isabelle Dubern e a
auxiliar nas apresentações nos próximos eventos em Paris. Só que há muitas
implicações e segredos nessa ocupação. É visível o quanto a condessa é fria,
ambiciosa e não mede esforços para atingir os objetivos de casar a filha, e ela
se torna mais abusada a cada situação constrangedora.
Já Maude e Isabelle iniciam uma bela amizade, que com o decorrer do tempo e da convivência, requer novas percepções de veracidade. Muitas coisas mudam, ainda mais quando Maude conhece Paul, fazendo com que ela se torne cada vez mais questionadora sobre seus projetos.
Já Maude e Isabelle iniciam uma bela amizade, que com o decorrer do tempo e da convivência, requer novas percepções de veracidade. Muitas coisas mudam, ainda mais quando Maude conhece Paul, fazendo com que ela se torne cada vez mais questionadora sobre seus projetos.
O que torna a
trama mais empolgante é que Maude, mesmo com suas inúmeras dúvidas, percebe que
o caminho que segue não é o mesmo que ela gostaria. Por ser tão sonhadora,
acaba tendo pensamentos conflituosos sobre o rumo de sua vida, ainda mais
depois de perceber que é uma pessoa forte e espirituosa. Pelo menos suas intenções
não se tornaram obscuras e ela se tornou motivada a cada dia que passava.
A ambientação
da história faz com que os episódios se complementem, ainda mais considerando o
fato de haver tantas determinações, novidades e progressos. Gostei bastante das
citações sobre a época, principalmente sobre as estimações da arte na sociedade
em questão. É uma ótima leitura, que nos remete a ter reflexões sobre nossos próprios
devaneios e a luta por realizações.
“Não é de se
espantar que eu esteja confusa, pois comecei a economizar demais na comida nos
últimos dias. Faz poucas semana que cheguei a Paris e já gastei a maioria dos
meus francos com o aluguel de um quarto lúgubre em um sótão. No fim das contas,
fugir foi a parte mais fácil; lutar para sobreviver um dia depois do outro é
que é difícil. Talvez eu devesse ter ficado no vilarejo e aceitado o destino
que papai havia arranjado para mim. Eu não estaria com fome, com certeza, não
como esposa de um açougueiro.” Pg.10.
Classificação
SEL: 5/5
Comentários
a trama parece ser boa, e eu ainda não conhecia o livro... não tinha lido nada sobre ele...
parece ser ótimo, mas não sei se me agradará tanto =/
lovereadmybooks.blogspot.com.br
Leituras, vida e paixões!!!
Beijos
www.desigusson.wordpresss.com