Resenha: Inferno - Meg Cabot @galerarecord

Informações do livro:
Título: Inferno
Trilogia Abandono - Livro 02
Título original: Underworld (Abandon Trilogy #2)
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Páginas: 336




Sinopse: Nesta continuação do mito de Perséfone recriado por Meg Cabot, Pierce Oliviera está em um lugar entre o paraíso e o inferno. Um castelo turvo e mal iluminado, de onde pode ver os espíritos dos mortos, prontos para embarcar em sua viagem derradeira. Mas não está lá por escolha própria: John Hayden, senhor do Mundo Inferior, está lhe mantendo lá. Para seu próprio bem, ele diz: para protegê-la das Fúrias que desejam vingar-se dele. Mesmo que esteja lá, seus entes queridos não estão. E isso pode acabar custando caro para ambos. Mas John afirma que não pode deixá-la sair. Será que ela deveria confiar em sua palavra?



Leia também:
Abandono #1 - Abandono - Meg Cabot (Galera Record)



Resenha:Inferno” é o segundo volume da trilogia Abandono, de Meg Cabot, esta que explora o conto de Perséfone e Hades, da mitologia grega. O primeiro livro se torna bem empolgante por causa da introdução dos fatos e de como a personagem principal foi introduzida numa ambientação mais sombria e misteriosa. Agora nesta sequência, há a exploração de sentimentos mais intensos e percepções ousadas e determinantes para qualquer atitude impensada.

Um dos destaques está no modo como a narrativa apresenta as maiores interações e relevâncias com muito humor e alinhamentos. Nos faz pensar o que precisa se feito e entender as reais impressões da protagonista. 

Por falar nela, Pierce Oliveira continua sendo aquela garota irreverente, mas claro que agora se sente mais aberta com relação aos últimos acontecimentos e descobertas. Entretanto, uma de suas maiores preocupações é pela segurança da família, já que ela tem noção de que coisas ruins podem acontecer se as pessoas souberem os fatos verdadeiros.

Há vários outros conflitos que começam a interferir em suas decisões. Além das inquietações sobre sua família, existem aquelas dúvidas sobre suas escolhas e possíveis conseqüências, assim como seus sentimentos e anseios por John. Mesmo estando temerosa e dividida, Pierce fica mais segura ao seu lado, e reconhece que pode ter certas liberdades estar no mundo inferior. Isso que agora ela não estava mais morta e tinha outras pendências e dilemas envolvidos no percurso.

No mito, Perséfone comeu uma semente de romã (a fruta dos mortos) no submundo e ficou presa no local. E sem se dar conta de que poderia de fato ser qualquer tipo de comida, Piece acaba se alimentando lá e só depois John afirma que ela está presa com ele para toda a eternidade. Além dessa passagem, o texto oferece várias visões sobre a mitologia em si, o que torna tudo ainda mais atraente e surreal.

Enquanto isso, John se mostra cada vez mais apaixonado, mesmo que seja tão teimoso, ansioso, revoltado, controlador, persistente e muitas outras coisas. Ele tem um poder perigoso e enorme em suas mãos, mas é muito interessante perceber o quão carinhoso se torna ao lado de sua amada. As descrições sobre suas características são muito bem traçadas e me fez querer conhecer ainda mais sobre ele. Ainda bem que a autora explora bastante John, seus interesses e segredos nesse volume.

Um novo problema acaba surgindo ao longo das páginas e um integrante da família de Pierce precisa muito de sua ajuda. Alex é o seu primo e a garota sente que ele passa por circunstâncias obscuras. A questão agora é que ela deve fazer algo para convencer sua saída do próprio submundo para tentar intervir na situação.

As cenas são inusitadas, porém garantem momentos fantasiosos, com várias descrições objetivas e repletas de concepções. Os capítulos, que ainda iniciam com trechos da escrita de Dante Alighieri, repassam muito mais emoções e períodos românticos. “Inferno” foi uma ótimo complemento para “Abandono” e já estou muito curiosa para o desfecho da história. Foi ótimo começar a acompanhar mais essa série!



“As pessoas sempre necessitam desesperadamente de histórias que explicassem o motivo de coisas ruins acontecerem com pessoas boas, mitos com finais felizes para lhes dar esperança. Não querem saber que quando morremos, o que vem depois talvez não sejam apenas harpas e auréolas. Ninguém quer escutar uma pessoa como eu, que volta da morta e diz ‘Ei, adivinhem só? Tudo isso que eles dizem é um monte de besteira’. É mais reconfortante acreditar nos contadores da histórias, acreditar que contos de fada realmente se tornam realidade.” Pg.08-09


Classificação SEL: 4/5

Comentários

Olá Fê,

Já li algumas resenha desse livro, mas confesso que não faz meu estilo...abraços.


devoradordeletras.blogspot.com.br
Aline Ramos disse…
Estou louca pra ler esse livro, e pelo que vejo em sua resenha vou amar..adoro o trabalho da Meg.. Parabéns pela resenha..bjs