Título: Os garotos corvos
A Saga dos Corvos - Livro 01
Título
original: The Raven Boys (The Raven Cycle #1)Autor: Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Páginas: 378
Sinopse: Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos, Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los — até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela. Seu nome é Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca. Gansey tem tudo — dinheiro, boa aparência, amigos leais —, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos: Adam, o aluno pobre que se ressente de toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma perturbada que varia da raiva ao desespero; e Noah, o observador taciturno, que percebe muitas coisas, mas fala pouco. Desde que se entende por gente, as médiuns da família dizem a Blue que, se ela beijar seu verdadeiro amor, ele morrerá. Mas ela não acredita no amor, por isso nunca pensou que isso seria um problema. Agora, conforme sua vida se torna cada vez mais ligada ao estranho mundo dos garotos corvos, ela não tem mais tanta certeza. De Maggie Stiefvater, autora do aclamado A Corrida de Escorpião, esta é uma nova série fascinante, em que a inevitabilidade da morte e a natureza do amor nos levam a lugares nunca antes imaginados.
Resenha: Eu
não sabia o que esperar de “Os garotos
corvos” da autora Maggie Stiefvater. Já li várias críticas positivas a
respeito desta história e por isso estava cheia de expectativas para a leitura.
Ainda bem que, após a finalização, a obra conseguiu me surpreender muito mais
do que imaginei. É uma trama incrível, mística, dinâmica e ousada.
Blue Sargent não demonstra ser tão diferente das pessoas ao seu
redor, mas ela acredita que não tem nada em comum com sua família, que
apresenta dons clarividentes. As
previsões podem ser simples, imprevisíveis ou até um pouco irreais, mas a
própria narrativa comprova que há muitos mistérios e segredos envolvendo-os. A
menina tem seus próprios poderes que são como uma sustentação para sua família,
e é como se ela expandisse os poderes e transmitisse energia para os outros
fazerem seus trabalhos.
Há uma
previsão meio – ou muito – surreal que envolve a protagonista: se ela beijar
seu primeiro amor, ele morrerá. E só de ler essa constatação já dá para sentir
que tem muitas revelações e passagens sombrias a serem realizadas. Não é uma
notícia legal, e a profecia pode até não tem importância para uma criança, mas
Blue cresceu e uma hora ela vai ter que se apaixonar por alguém. E aí surgem os
tantos questionamentos, aflições e receios.
É preciso
destacar que os temores iniciaram principalmente por causa de um episódio
realizado na véspera do dia de São Marcos. Blue já considera uma tradição
acompanhar sua mãe em uma igreja antiga para ver as pessoas que irão morrer ao
longo do ano e fazer uma vigília. Esse ano acontece algo diferente, ela vai com
sua tia Neeve e consegue ver alguém. Tudo que consegue descobrir é que seu nome
é Gansey. Sua tia explica que pode haver dois motivos para ela o ter visto: que
ele talvez seja seu verdadeiro amor ou que ela o matará. Ou seja: chocante e perturbador
demais.
Gansey estuda na escola tradicional para meninos Aglionby
e sua turma é conhecida como Os garotos corvos, por causa do símbolo do colégio
e por serem sinônimo de confusões. Conhecemos outros personagens igualmente
importantes, são eles: Ronan, Noah e Adam. Todos parecem ser muito enigmáticos
e ter um passado sombrio e conturbado.
Gansey se mostra meio obsecado por suas pesquisas a
respeito de uma lenda e por isso vai atrás de qualquer coisa que demonstre ser sobrenatural.
Ele é um personagem muito marcante, principalmente por sua coragem e
determinação. Logo muitos fatos começam realmente a fazer sentido, surgindo conexões
situadas e decisivas. Por isso o enredo é tão complexo por apresentar informações
relevantes, mas aos poucos é possível identificar as reais intenções em cada elemento.
A narrativa em terceira pessoa é alternada entre os
personagens principais (isso é ótimo), facilitando bastante o entendimento de
cada um, bem como suas crenças, fascínios e atitudes intrincadas. A história
elabora raciocínios que parecem não ter significados e é como se houvesse algum
tipo de conspiração nas entrelinhas.
É impossível não se apegar aos personagens e querer
pesquisar mais sobre os mitos expostos pela autora. São assuntos interessantes
e até um pouco confusos, mas os acontecimentos se encarregam de finalizar as
cenas com muita desenvoltura. Claro que o desfecho responde algumas perguntas,
enquanto ficam outros questionamentos em aberto. Eu surtei por não ter o
próximo livro em mãos. Apenas... NECESSITO
DA CONTINUAÇÃO.
“Blue sempre imaginara a procissão de espíritos como
algo ordenado, mas aquele ali perambulava, hesitante. Era um jovem de calça e
blusão, com o cabelo despenteado. Não era exatamente transparente, tampouco
estava ali de verdade. Sua figura era escura como água suja, e seu rosto,
indistinto. Não havia um traço que o identificasse, exceto sua juventude.” Pg.22
Classificação
SEL: 5/5
Comentários
a história parece ser boa, mas este tipo de trama normalmente não me agrada muito :S
pretendo tirar minhas próprias conclusões e ler ele em breve, mas as expectativas não estão altas não =/