Resenha: A rosa da meia-noite - Lucinda Riley @Novo_Conceito

Informações do livro:
Título: A rosa da meia-noite
Título original: The Midnight Rose
Autor: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 576



Sinopse: Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje. No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe. Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel – uma aristocrata dos anos 1920 – irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall. Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, a fim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury.



Da mesma autora:
A garota do penhasco  (Editora Novo Conceito)
A Luz Através da Janela (Editora Novo Conceito)



Resenha:A rosa da meia-noite” é um livro profundo e que abrange muitas informações, e eu não esperava menos que isso, justamente por causa da autora Lucinda Riley. Já li outras obras dela e senti a mesma intensidade e comoção pela trajetória apresentada ao longo de culturas e tempos distintos, com sentimentos repletos de conexões. O fundo histórico é um dos destaques, porque dá para perceber que houve extensas pesquisas minuciosas sobre os assuntos abordados.

Anahita Chavan acaba de completar cem anos e apresenta uma extensa sabedoria por ter vivenciado tantos momentos. Logo nas primeiras páginas, ela já desabafa sobre seu filho. Este, que alegaram estar morto, porém ela sempre teve a certeza de que ele sobrevivera. As emoções são tão visíveis que é extremamente difícil não se envolver com esta mulher, entender seus lados e analisar as possíveis soluções.

Ela tem uma imaginação fértil e determinada sobre o filho, sendo que mesmo se estivesse vivo ele teria 81 anos.  Fico imaginando o quanto ela deve ter sofrido, pensando em tamanha ausência. Mesmo que Anahita tenha tido filhos, netos e bisnetos, nada poderia substituí-lo. 

Com muita força de vontade e sabendo que logo morreria, ela deixa para o seu bisneto, Ari Malik, uma carta que narra sua história de vida e faz um pedido para que na hora certa ele leia e compreenda se deve ou não investir algumas coisas do passado. É muito interessante essa parte, porque Anahita meio que recebe um sinal e se sente grata pela compreensão.

Um ano depois, ela acaba falecendo tranquilamente, principalmente depois de se sentir mais segura e consciente de algumas ações. Antes de morrer, ela sentiu que o filho havia morrido e sentiu que pelo menos ele vivera uma jornada longa.

Paralelo a isso, surge Rebeca Bradley, uma atriz que vai à Inglaterra gravar um filme ambientado em 1920. Por isso o local se mostra tão sutil e revela traços conturbados e surpreendentemente misteriosos. 

A moça acaba se envolvendo mais do que todos ao seu redor. Algum tempo depois, Ari passa a dar mais atenção a escrita de Anahita. Muitas coisas acontecem mas ele finalmente resolve investigar alguns fatos e registros passados. Por meio de junções muito bem elaboradas, ele e Rebeca se unem para desvendar muitos enigmas e suprir algumas faltas.

A trama é deliciosamente complexa, e o que mais chama a atenção é a curiosidade em supor como será o desfecho, mas principalmente sobre as amarrações de cada âmbito – isso porque não existem pontas soltas na história. 

Há muitos segredos de família, episódios obscuros e descobertas reveladoras. O que leva a crer que as explicações e inquéritos são as partes mais fundamentais. O romance é muito divertido e também oferece passagens cheias de tradições, advertências e sentimentos envoltos de amor e citados até em uma guerra.



“Hoje, por favor, imploro aos deuses, pois eu sempre soube, a cada hora que passa desde que vi meu filho pela última vez, que ele anda respira em algum lugar deste planeta. Se ele tivesse morrido, eu teria sabido no exato momento em que isso aconteceu, do mesmo modo que soube quando todos aqueles que amei na vida se foram.” Pg.12




Classificação SEL: 4/5

Comentários

Aline Coelho disse…
Adorei sua resenha e fiquei com vontade de ler esse livro também da autora, mas prometi a mim mesma que só compraria os livros novos dela quando eu tiver lido: A Casa das orquídeas e A luz através da janela que são livros que já estão na minha estante a tempos. Mas lendo suas resenhas sei que posso investir de olhos fechados que irei gostar. Valeu por mais essa ótima dica de leitura. Beijos

Leituras, vida e paixões!!!!
Oi :)

Eu estou louco para ler algo da Lucinda, mas minha prioridade é A Casa das Orquídeas. Beijos!

http://euvivolendo.blogspot.com.br/
Olá Fê,

Esse livro esta na minha lista de espera de leitura, gosto demais da escrita da autora e sei que não vou me decepcionar....abraços.

devoradordeletras.blogspot.com.br
Luiza disse…
Nossa, li vários livros da Lucinda Riley, e achei ótimo a casa das Orquídeas, sem dúvida meu preferido. Mas esse eu achei particularmente BESTA. A história tem muitas coisas idiotas. Muita informação sim, mas muita coisa criada de uma criatividade meio infantil e sem sentido. Só lendo e comparando com os outros para entender.