Título: O
condado de Citrus
Pântanos,
Paixões e Picadas de Mosquitos
Título original: Citrus County
Autor: John
Brandon
Editora: Galera
Record
Páginas: 288
Sinopse: A Flórida do condado de Citrus não se parece em nada com aquelas imagens de televisão, com um clima convidativo, coqueiros e surfistas. Shelby Register, de quatorze anos, se muda para a cidade com cheiro de pântano com seu pai e irmã após a morte da mãe. Talvez a única coisa que a interesse seja o tal Toby McNurse, um delinquente sem cura que cumpre suas dezenas de detenções acumuladas. Já Toby não vê sentido na vida, nas paixões dos adultos, nas diversões dos amigos. Só sabe, em seu âmago, que está em seu destino fazer o mal. E ao observar as angelicais irmãs Register, sabe que o chamado de sua alma está prestes a ser atendido. • “Um escritor para ficar de olho, reler e invejar.” – Tom Franklin • “Brandon escreve sobre cansaço, saudade e por fim amor com energia e espirituosidade que são triunfantes e inteiramente suas.” – Deb Olin Unferth • “John Brandon é um franco-atirador da prosa – metade Denis Johnson, metade Elmore Leonard.” – Davy Rothbart
Resenha: "O
condado de Citrus"
é um livro bem intrigante, triste e sobrecarregado, levando em consideração
todas as passagens conflituosas e momentos repletos de tensão. Não é uma
história previsível e até mesmo os personagens – muito peculiares, por sinal –
se mostram bem surpreendentes diante das ocasiões difíceis e principalmente por
todas as inquietações e anseios inusitados.
A
história gira em torno de decorrências, restrições, esperanças e descobertas
arriscadas das inclinações humanas. Assim, o desenvolvimento segue por meio de
um thriller meio psicológico, com suspense e avaliações intensas sobre os princípios
e suas reflexões. Claro que os acontecimentos não são muito sutis, mas o
destaque principal desta trama é que o autor consegue convencer o leitor sobre
a realidade criada.
Toby McNurse e Shelby Register são os protagonistas e se conectam de uma forma
incrível, por meio de encontros surreais e diálogos um tanto alarmantes. Os
dois possuem personalidades fortes e são bem inteligentes, bem mais que as
pessoas ao seu redor. Eles começam a se relacionar, mas no começo suas
personalidades já se mostram bem distintas. Isso porque Toby é mais quieto,
inseguro e surpreendentemente problemático e assombroso, sendo que Shelby se expõe
mais, além de ser muito mais ativa e centrada.
Os
personagens secundários também são bem explorados – como por exemplo, o Sr.
Hibma (sempre engraçado) – e suas atitudes são extremamente importantes para o
desenvolvimento dos episódios. A exploração sobre um crime reprime emoções e oferece
várias visões de traços típicos, aflições e temores. Nesse ponto de vista, as desordens
são ainda mais complicadas e é realmente difícil expressar todos os sentimentos
referentes ao delito cometido.
As
abordagens sobre a moralidade e todas as contradições na época da adolescência
podem ser as questões mais exploradas no enredo. E isso difere muito sobre um
romance considerado simples ou casual demais. Há muitas transformações ao longo
da narrativa e por isso existem tantos dramas insanos e decorrências infelizes.
Pode ser um pouco assustador por causa das opções definidas e fiquei com várias
expectativas para o desfecho tão esperado.
No
geral, o livro é considerado bem marcante, mas infelizmente não há uma
finalização tão apropriada. Digo isso porque foi bem convincente e eu realmente
esperei que isso acontecesse, mas faltou aquela sensação de admiração e
indagações desejadas. Mesmo assim, a leitura envolve justamente por conter
fatos perturbadores sobre a lei e seus limites.
“Tio
Neal, assim como todo mundo, acreditava que Toby era um inútil como outro
qualquer, mais um adolescente com o coração cheio de raiva. Ele não fazia ideia
do que Toby era capaz” Pg.24-25
Classificação SEL: 4/5
Comentários
não conhecia ele ainda, mas confesso que não fiquei curiosa não ;x