Título: Coração de pedra
Trilogia Coração de Pedra - Livro 01
Título
original: Stoneheart (Stoneheart Trilogy #1)
Autor: Charlie Fletcher
Editora: Geração Editorial
Páginas: 464
Sinopse: O romance ''Coração de Pedra'', do inglês Charlie Fletcher, publicado pela Geração-Ediouro, conta a fascinante história de uma guerra entre estátuas mitológicas e estátuas de seres humanos em Londres. O início de tudo foi um soco de um adolescente, George Chapman, decepando a cabeça de um dragão de pedra do pórtico do Museu de História Natural. Ele é perseguido por um Pterodáctilo, réptil de dentes afiados e pontudos, que se soltou da fachada do museu e o olhava fixamente com ódio e fome. George é salvo pela estátua do Artilheiro do Memorial de Guerra. Somente o jovem enxerga as estátuas em movimento. Para reparar o estrago que aprontou, ele tem de colocar a cabeça do dragão no Coração de Pedra, mas George não sabe onde encontrá-la. Na busca, conta com a ajuda de Edie, uma menina bem decidida. Com linguagem ágil e fácil, a história tem ritmo eletrizante, mas ao mesmo tempo diverte.
Resenha: “Coração
de pedra” apresenta uma leitura empolgante, levando em consideração que a
trama é criativa e os personagens são muito bem desenvolvidos. É uma aventura
fantasiosa repleta de descrições marcantes e algumas cenas são até inusitadas,
isso porque o leitor não tem muita ideia do que esperar dos próximos
acontecimentos.
O que mais chama a atenção é o fato de
a ambientação ser sombria e desafiadora, e esses aspectos deixam o romance ainda
mais centrado, convincente e emocional, talvez até um pouco realista. Não é tão
profundo, já que no geral a história é bem simples, mas envolve pelas
descrições instigantes dos lugares e das experiências vividas.
George Chapman nem poderia imaginar que sua vida
mudaria completamente a partir do momento em que quebra uma estátua em Londres.
Depois disso nada mais parece fazer sentido, isso porque o garoto adentra num
lugar que tudo é possível e existe uma guerra extremamente conflituosa.
Estátuas ganham vida e como num passe de mágica se mostram mais ativas do que
qualquer outro ser. Além disso, possuem poderes fortes que podem desestruturar
qualquer pessoa e local.
Claro que há as estatuas que podem ser
classificadas como boas e as ruins, como já é mesmo de se esperar que existe
essa separação. George demonstra ser um garoto solitário e infelizmente acaba
descontando toda sua frustração de uma maneira que surtiu efeitos estranhos e
enigmáticos. Mas também, como ele poderia saber? Ainda bem que após uma
perseguição louca, se depara com a estátua de um Artilheiro, e este é o
responsável por tirar as dúvidas iniciais.
Assim, é nesse percurso que acaba
encontrando Edie, uma menina que o
ajuda bastante para poder reparar seu erro. Ela também consegue ver as estátuas
e também parece ser muito misteriosa, já que não sabe explicar porque é
amaldiçoada com essas visões e também precisa fugir das criaturas. A relação dos dois cresce bastante a medida em
que o tempo passa, e acredito que os próximos volumes irão enfatizar bem essa
aproximação.
É interessante perceber que o imprevisto
desastroso de George lhe oportunizou momentos únicos e mesmo que haja tanta
confusão, dá para tirar proveito sobre algumas reflexões. Afinal de contas o
protagonista se isolava em seu próprio mundo e foi só a partir dessa aventura
que entendeu que poderia ser mais determinado e ainda poderia trabalhar com
suas habilidades.
“Dizem que nunca se está mais sozinho
do que no meio de uma multidão, mas estar sozinho no meio de uma multidão,
enquanto se é perseguido por uma coisa monstruosa sem que ninguém perceba, é
muito pior.” Pg.39
Classificação SEL: 4/5
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