Resenha: Mão de ferro - Charlie Fletcher @geracaobooks

Informações do livro:
Título: Mão de ferro
Trilogia Coração de Pedra - Livro 02
Título original: Ironhand (Stoneheart Trilogy #2)
Autor: Charlie Fletcher
Editora: Geração Editorial
Páginas: 384



Sinopse: Numa Londres de pesadelo, estátuas de gárgulas e outros monstros ganham vida e perseguem um casal de crianças em ações frenéticas sucessivas Edie e George, tendo como companheiro o Artilheiro, deparam-se com novas ameaças, como o Touro Matador e as armadilhas perversas do Caminhante. Seus poderes terão que ser usados de modo mais consciente e suas personalidades terão que amadurecer. Conseguirão os dois sobreviver a tantos desafios e provas?




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Resenha:Mão de ferro”, assim como o primeiro volume, continua apresentando elementos mágicos e repletos de fascínio. As cenas envolvem bastante o leitor, e é quase como se estivéssemos vivenciando as cenas e participando de todos conflitos. De um modo geral Coração de Pedra foi um livro fundamental para introduzir muito bem todos os fatos e este expõe novas perspectivas, respostas e tantas outras dúvidas.

Os personagens passam por uma transição complicada e os momentos de tensão se mostram ainda mais relevantes no enredo sombrio. O que mais chama a atenção é a complexidade dos detalhes e de como o autor consegue expor tantos significados em poucas características. Ainda bem que apesar de tantos problemas, a narrativa ainda consegue ser bem dinâmica e por vezes até divertida, levando em consideração que o público-alvo é o infantojuvenil.

O Artilheiro acaba se sacrificando para salvar os amigos, mas infelizmente sua ação o leva diretamente até o inimigo, Caminhante. Dessa maneira, George, que agora tem dons de Fazedor recém-descobertos, precisa resgatar o amigo e impedir que o mal prevaleça. O menino sente maior dificuldade mesmo em decidir o que é certo e errado, mas ele sabe que é não tem escapatórias e precisa mesmo ser mais ágil e cuidadoso.

Assim como George, todos os outros personagens enfrentam seus maiores medos, já que ninguém sabe mesmo no que confiar atualmente. Há mais superação e reviravoltas, principalmente por que tem muita coisa perigosa em jogo. Tem que planejar um resgate, se proteger e ainda fazer diversas escolhas. Definitivamente, todos precisam pensar muito antes de agir.

A ambientação em Londres também valoriza muito as passagens, assim como as lendas descobertas. Dá muita vontade de conhecer cada lugar, e é como se estivéssemos mesmo fazendo parte desta trama fabulosa. A gente se sente ansioso para saber quais são os próximos passos e é muito interessante e gratificante conhecer mais sobre esses locais tão emblemáticos. Afinal, como não se encantar por Londres?!

Talvez seja a maneira como o protagonista esteja se arriscando tanto e demonstrando mais bravura por causa dos desafios que só tendem a aumentar, mas o fato é que a expectativa por mudanças é uma das principais emoções repassadas ao leitor. Admito que este título pode ser mais impressionante por conter mais profundidade, assim como pode ser o mais difícil de interpretar, justamente por ser o segundo de uma trilogia. 

Consequentemente apresenta um enredo mais delicado, confortante, esperançoso, acentuado e impetuoso em suas escolhas. Vamos ver como será os próximos acontecimentos em Silvertongue (Stoneheart Trilogy #3). Vamos torcer para que a Geração Editorial publique logo a continuação.



“O Caminhante e o Artilheiro foram arremessados em uma escuridão abismal. Mesmo não havendo a possibilidade de enxergar, o Artilheiro sentia que estavam atravessando sucessões de camadas, pois o escuro parecia mostrar uma escuridão ainda mais profunda à medida que eles desciam.” Pg.15



Classificação SEL: 4/5

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