Título: A menina mais fria de Coldtown
Título
original: The Coldest Girl in Coldtown
Autor: Holly Black
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384
Sinopse: No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros, são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.
Resenha: Holly Black sabe mesmo conduzir bem
uma trama fantasiosa, e não seria diferente em “A menina mais fria de Coldtown”. A premissa é muito inovadora e apresenta
aspectos relevantes e atraentes, diante de personagens complexos e uma trama
ainda mais irreverente. A própria sinopse já revela uma ambientação diferente,
misteriosa e emaranhada, e no decorrer das cenas fica visível o quanto há
incertezas e suspense.
Seres sobrenaturais como os vampiros
já são personagens clássicos, e muito explorados, sendo que não é fácil os
apresentar de uma forma mais convincente. Ainda bem que neste caso a autora
consegue criar novas situações e mostra que nem tudo precisa ser do jeito que
parece. A narrativa peculiar consegue captar as características mais marcantes
e assustadoras, promovendo atitudes dinâmicas e alucinadas.
A protagonista Tana se mostra bem forte diante de mudanças radicais e de todas as ocasiões
inesperadas. Ela é bem direta e não mede esforços para realizar seus objetivos.
O interessante é que pelo menos a garota consegue planejar sua trajetória com
determinação, além de que parece ser a mais centrada dentre todos os
personagens expostos. Ainda assim, pode-se dizer que em alguns momentos ela
fica histérica demais, só que é difícil julgá-la diante de tantas loucuras.
Não é nem um pouco difícil perceber a
tensão ao redor de Tana, mesmo porque o pânico se faz presente desde o começo. A
garota se junta ao seu ex namorado, que está infectado e logo ainda surge Gavriel,
um personagem enigmático que pode ajuda-la nesse caminho insano para tentar sobreviver.
Este que conquista aos poucos por suas atitudes distintas e seguras.
As Coldtowns surgiram para prevenir a propagação do vampirismo, uma
infecção repentina, muito perigosa e sombria. Nessas cidades protegidas por
muros imponentes, as pessoas infectadas vivem sob constante observação, em uma quarentena
que não se pode chamar de segura. As descrições são bem detalhadas e o leitor
consegue imaginar o caos infiltrado, sendo que monstros descontrolados podem se
manifestar em qualquer lugar.
Os vilões são bárbaros e desprezíveis,
lutam pelo poder e demonstram ser muito vingativos. Um dos principais pontos
positivos é que a narrativa é bem explicativa e o leitor não se sente perdido
nas informações. É uma história carregada de aventura e horror, e também há vários
traços de diversão no enredo, assim como uma entrada para o romance. De qualquer maneira, todos os elementos são
muito bem equilibrados e garantem cenas envolventes e emocionantes.
"Quanto mais contemplava aquela
mão, porém, mais notava que parecia estranhamente pálida, com a pele azulada em
volta das unhas". Pg.08
Classificação SEL: 4/5
Comentários
já vi muitos comentários positivos sobre a autora, mas tenho mais curiosidade em ler outro livro dela, tipo Gata Branca ou Bonecas de Ossos do que este ai...
acho que já estou meio cansada deste tipo de trama ;x
http://vamoskamalear.blogspot.com.br/
Bjs, Rose