Título: Encontros no parque
Título
original: Thursdays in the Park
Autor: Hillary Boyd
Editora: Record
Páginas: 336
Sinopse: Em mais de trinta anos de casada, Jeanie sempre foi uma esposa amorosa e mãe dedicada. E agora é avó – com muito orgulho. Ela se considera feliz, apesar de George, o marido, ter passado a dormir em outro quarto há vários anos, sem lhe dar qualquer explicação. Certo dia, enquanto leva a neta para passear no parque, Jeanie conhece Ray, que está ali também na companhia do neto. Ray parece ser tudo o que George não é: compreensivo, bom ouvinte, alguém com quem ela consegue se abrir e ser sexy. De repente, Jeanie se sente atraente de novo e, sem querer, apaixona-se perdidamente. Ela sabe muito bem que sua nova paixão ameaça tudo o que construiu ao longo dos anos, mas sente que vai ser difícil abrir mão dela. Será que Jeanie teria a coragem necessária para mergulhar no turbilhão de um novo romance e de uma paixão avassaladora a essa altura da vida?
Resenha: “Encontros
no parque” apresenta um romance sutil e emocionante, diante de pessoas
realistas e experientes. Ao longo da historia é possível perceber varias
mensagens sobre relacionamentos e sua importância, seja por causa do convívio,
dos aprendizados ou dos sentimentos que acabam se transformando ao longo do
tempo.
George e Jeanie estão casados há
bastante tempo e do nada ele começa a ter atitudes bem estranhas e fechadas. O
marido tem um jeito bem controlador e implica bastante com atitudes sem
fundamentos. Já ela é mais fechada e tem medo de tomar atitudes drásticas. O
fato é que não é muito questionadora e tem medo de confrontos.
Ele começou a dormir no quarto de
hóspedes depois de uma noite bem estranha, e não deu nenhuma satisfação sobre
isso. O tempo passa e ambos se acostumam com as adaptações e essa afinidade curiosa
e um tanto solitária. Dez anos se passam e não há comunicação entre eles.
Jeanie até tentou encontrara alguma explicação plausível, mas depois se cansou
de sofrer sem saber os motivos reais. Trinta e dois anos de casados e nada mais
parece fazer sentido e só o que resta é a angustia e os anseios por mudanças.
Claro que a personagem fica muito
confusa e mesmo quando tenta tocar no assunto novamente, não recebe nenhum tipo
de esclarecimento. Este é um assunto extremamente delicado e varia muito de
cada pessoa saber como lidar com sentimentos contraditórios. Eu realmente não
saberia dizer como agiria, mas sei que ficaria muito irritada e triste por ser excluída
dessa forma em meu próprio casamento.
Apesar de toda a problemática, o casal
até tenta manter uma vida tranquila, cada um com seus costumes, trabalhos e
rotina. E é exatamente numa dessas ocasiões, quando Jeanie leva sua neta ao
parque, que acaba conhecendo Ray. E sabe aquele momento onde tudo parece
improvável? Nessa passagem mais inesperada, duas pessoas se aproximam e
percebem que não é tarde para conhecer novas possibilidades. E sabe qual é a
melhor parte? Ray é praticamente o oposto de George e é justamente por isso que
chama tanto a atenção de Jeanie.
É um romance agradável e enérgico, que
trabalha bastante com recomeços e escolhas difíceis para pessoas que já tem uma
idade mais avançada. Assim, a leitura se torna interessante porque a mensagem
central expõe uma analise sutil sobre a importância do amor e suas implicações,
não importando as circunstâncias ou a opinião alheia.
“Deitada ali na cama amarrotada,
sozinha, chocada e, acima de tudo, desnorteada, aquelas palavras a perseguiam.
A vida deles em comum, que já durava 22 anos, era pacifica, metódica, talvez
até um pouco maçante. Eles nunca discutiam, desde que Jeanie aceitasse a
necessidade aparentemente gentil que George tinha de controlá-la. Era como se
ela tivesse ido parar involuntariamente no topo de um vulcão que de repente
decidira entrar em erupção. O que estava acontecendo com seu marido?” Pg.11
Classificação SEL: 4/5
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