Título: Meia-noite na Austenlândia
Título
original: Midnight in Austenland (Austenland #2)
Autor:
Shannon Hale
Editora:
Record
Páginas: 320
Sinopse: Charlotte Kinder é bem-sucedida nos negócios, mas não no amor. Tentando se reerguer após um doloroso divórcio — e ainda obrigada a ver o ex-marido se casar com a amante —, ela passa a enfrentar o mundo dos programas arranjados com homens desconhecidos. Sem esperanças, se presenteia com duas semanas na Austenlândia, uma mansão interiorana que reproduz a época de Jane Austen. Lá, todos devem se portar de acordo com os costumes da Inglaterra regencial, ou seja, homens são perfeitos cavalheiros e o espartilho é item obrigatório nos trajes de uma dama. Porém, na verdade, os homens são atores, contratados para entreter as hóspedes. Todos em Pembrook Park devem desempenhar um papel, mas, com o passar do tempo, Charlotte não tem mais certeza de onde termina a encenação e começa a realidade. E, quando os jogos na casa se mostram um pouco assustadores, ela descobre que talvez nem mesmo o chapéu mais bonito poderá manter sua cabeça grudada ao pescoço. Ao contrário do que se poderia pensar, Pembrook Park se revela um lugar intimidante, e a experiência de Charlotte passa a ser muito diferente da descrita no pacote de férias.
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Resenha:
“Meia-noite na Austenlândia” é um livro despretensioso, leve e ainda
mais divertido, assim como foi em Austenlândia. O romance continua explorando o
lugar em destaque, mas com novos personagens adaptados e diferentes. Shannon
Hale apresenta uma narrativa bem empolgante, carismática e de certa forma, um
tanto sarcástica.
Tenho uma amiga que leu esse livro
recentemente também e a mesma disse que não achou que a realidade fosse muito
parecida com a nossa. Em contrapartida, afirmei que, de fato, essa pode mesmo
ter sido a intenção da autora. A gente cria expectativas demais em relação a
esse aspecto, e deve entender que o livro é mesmo fantasioso e o que vale a
pena é se envolver nesses pequenos detalhes.
Enfim, a protagonista da vez se chama Charlotte
Kinder e é extremamente espirituosa, alegre, inteligente, porém meio
inconstante e descuidada. Seus pensamentos são bem marcantes e mesmo nas
discussões mais íntimas é possível perceber alguém decidida e coerente. Ela
consegue passar uma mensagem importante sobre valorização de si mesma, por isso
se torna tão emocional.
Por fim, só posso dizer mesmo que ela
conseguiu ser uma heroína surreal e um tanto quanto excêntrica, cheia de
esperanças significativas e animadoras. Acredito que as mulheres podem se
relacionar com suas atitudes e estado de espirito, por isso que sua
personalidade é tão interessante no decorrer das cenas.
Austenlândia é um lugar fantasioso
mesmo e esse ambiente relaxante, previsível e romântico é propício aos
interessados em descanso e um tipo diferente de tranquilidade. Quem não gostaria
de estar em um lugar romântico e ajustado por um determinado estilo? As coisas
giram em torno de um cavalheirismo resgatado, por isso é tão interessante
imaginar as situações e opiniões decorrentes.
Pode-se dizer que existem mais conflitos
neste volume do que no anterior, e provavelmente também há mais referencias e
alguns enigmas em volta de um assassino, desencontros e intrigas. Surgem alguns
dilemas ao longo do caminho, mas estes só intensificam a vontade da personagem
em construir uma relação mais sólida e especial.
Ela não sabe se vai ser possível
manter todos os ideais analisados em sua própria realidade, mas é mesmo muito atraente,
pelo menos a maneira como tenta captar os objetivos de cada encontro e escolha.
Oferece novas perspectivas e questionamentos, e é justamente isso que importa
diante de tantos conceitos arriscados e categóricos.
Classificação SEL: 4/5
Comentários
confesso que não sabia da existência deste segundo livro, e assim, eu estava bem curiosa para ler o primeiro livro da série, mas confesso que a capa dele me atraía bem mais do que a história em si...
a trama parece bem fantasiosa mesmo, e acho que isso é o que não vai me agradar muito ;x