Título: A casa das marés
Título original: Foreign Fruit
Autor: Jojo Moyes
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 476
Sinopse: Na década de 1950, uma cidade litorânea chamada Merham é dominada por uma série de regras sócias austeras. Lottie Swift, acolhida durante a guerra e criada pela respeitável família Holden, ama viver ali naquela cidade, mas Célia, a filha legítima do casal, não vê a hora de ultrapassar os limites de Merham.
Leia também:
A
última carta de amor- Jojo Moyes (Editora Intrínseca)
Como
eu era antes de você - Jojo Moyes (Editora Intrínseca)
Em busca de abrigo - Jojo Moyes (Bertrand Brasil)
Resenha:
Jojo Moyes tem um dom
maravilhoso para escrever histórias emocionantes e é claro que não seria
diferente em “A casa das marés”. Quem
já leu alguma obra sua sabe do que estou me referindo, já que sua narrativa é
tão sutil, ágil e convincente e torna tudo ainda crível e cheio de anseios e
pensamentos complexos.
Na década de 1950, Lottie Swift começa a conviver com uma família
bem tradicional, e é por isso mesmo que conhece Célia, a filha do casal que a
acolheu. Pelo menos as duas nutriam uma amizade sincera e tinham várias experiências
para compartilhar, apesar de todos os problemas ao redor das garotas. E é mesmo
muito interessante perceber a conexão entre eles.
As coisas começam a ficar um pouco
diferentes quando novos moradores chegam a cidade de Merham, para habitarem a
casa conhecida pelo nome de Arcadia. Chega a ser engraçado imaginar pessoas tão
despreocupadas chegarem de repente num local conservador e com princípios tão rígidos.
E é isso mesmo que acontece e ninguém se vê preparado para os próximos
capítulos.
Célia e Lottie sentem uma atração
forte pelo estilo de vida dos novos habitantes, ao contrário de todos. O
problema é que se dá inicio a algumas ocorrências que apresentam implicações irremediáveis.
Vale ressaltar que há vários questionamentos ao longo do texto e confesso que
em algumas partes não compreendi muito bem todas as intenções da autora, nem
mesmo em alguns trechos próximos ao desfecho. Talvez uma das principais
finalidades seria fazer com que o leitor decidisse por si mesmo o que seria o
mais viável.
O tempo passa, porém apesar de algumas
alterações na atmosfera, a cidade parece ter parado no tempo. É intrigante e ao
mesmo tempo triste ver como as pessoas não fazem nenhum esforço para se
adaptarem as inovações. Ainda bem que existem certos fatores que auxiliam nesse
processo de adaptações, por mais que não seja nem um pouco simples.
É uma leitura fascinante, que deixa o
leitor com várias mensagens para refletir, especialmente porque o trajeto dos
personagens também requer uma atenção especial. A ambientação pode até ser
diferente de nossa realidade, mas é fácil nos vermos em uma situação
semelhante, seja por conta de todos os conflitos, desabafos, escolhas difíceis
e demais consequências.
Classificação SEL: 4/5
Comentários
E fiquei com uma grande dúvida, não sei se perdi alguns detalhes ou fui bem lenta ao entender o epílogo, mas realmente não entendi as maçãs...Era uma carta de Célia? O que ela quis dizer com as dezoito maçãs? Era uma referencia ao começo onde a Sra.Holden via um "G"? Se puder me esclarecer serei eternamente grata.