Resenha: A menina que contava histórias - Jodi Picoult @Verus_Editora

Informações do livro:
Título: A menina que contava histórias
Título original: The Storyteller
Autor: Jodi Picoult
Editora: Verus
Páginas: 490




Sinopse: Neste romance, Jodi Picoult examina com elegância até onde estamos dispostos a ir para proteger nossa família e impedir o passado de governar o futuro. Sage Singer trabalha a noite toda, preparando pães e doces para o dia seguinte e tentando escapar de uma realidade de solidão, lembranças ruins e da sombra da morte de sua mãe. Quando Josef Weber, um idoso que participa do grupo de luto de Sage, passa a frequentar a padaria, eles começam uma amizade improvável. Apesar de suas diferenças, ambos enxergam um no outro as cicatrizes ocultas que as demais pessoas não veem. Tudo muda no dia em que Josef confessa um segredo vergonhoso e há muito enterrado — ele foi membro da SS na Alemanha nazista — e pede a Sage um favor impensável: que ela o ajude a morrer. O que ele não sabe é que a avó de Sage é uma sobrevivente do Holocausto... ou será que sabe? Se Sage concordar em fazer o que Josef pediu, enfrentará não apenas repercussões morais, mas talvez também legais. Com a integridade de seu amigo mais próximo manchada, ela começa a questionar suas suposições e expectativas sobre a vida e a própria família.





Resenha: A menina que contava histórias”, de Jodi Picoult, é um livro incrível, principalmente por causa dos detalhes que fazem toda a diferença no enredo. E por mais que a ambientação demonstre ser carregada de tristezas e momentos conturbados, há uma pequena sutileza nas cenas que complementa o enredo de modo geral.

Sage Singer é uma garota persistente, apesar de todas as experiências tristes que sofrera ao longo da vida. Na verdade, é uma personagem simples, mas que no decorrer da trama, demonstra ter mais garra que muitas outras pessoas ao seu redor. E claro que a gente sabe que não nem um pouco fácil ter disposição para suportar todas as dores e ainda continuar em frente.



Emotiva do jeito que sou, confesso que me emocionei mais do que imaginava com esse livro. Começando com Sage, que perdeu tantas pessoas importantes, e pelas decisões difíceis que tem que fazer ao longo dos acontecimentos. Depois surgem outros personagens igualmente importantes, que se destacam por suas lembranças complicadas demais e cheias de consequências.



A garota precisa ocupar a cabeça para não pensar em seus problemas, além de ser pessimista e não ter muitos amigos. As coisas mudam quando conhece Josef Weber em um grupo de luto que participa e é por meio disso que começa a perceber outros valores, estes que se tornam responsáveis por mudanças significativas.

Josef é um senhor que tem muito a esconder e não é nada do que parece ser. Isso surpreende até certo ponto, porque o leitor já tende a imaginar que há algo suspeito sobre ele. A própria sinopse já descreve bem os acontecimentos, mas são as proeminências que fazem toda a diferença. Pedir para alguém cometer um crime é complicado, mas também é complicado conhecer a história completa e perceber todas as ligações existentes.


Tem muitas coisas para se pensar e a autora conseguiu retratar todas as situações com muita clareza em quase 500 páginas. As questões em volta dos judeus e todas as batalhas também são muito avaliadas e é fantástico o modo como são inseridas esses episódios. É muito realista, emocionante e surpreendente. É impossível não se envolver com todas as características.


É muito bom falar sobre essa obra. Parece que as palavras fluem sozinhas, já que há tantas reflexões a serem feitas sobre essa. Mas ao mesmo tempo também não é. Não sei se consigo explicar essa minha controvérsia, é só que há muito o que se falar em tão pouco espaço. E talvez se eu escrevesse demais, pode perder a graça para quem vai ler.

Classificação SEL: 5/5

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