Resenha: A colina escarlate - Nancy Holder @editorarecord

Informações do livro:
Título: A colina escarlate
Título original: Crimson Peak: 
The Official Movie Novelization
Autor: Nancy Holder
Editora: Record
Páginas: 308





Sinopse: Bem-vindo à Colina Escarlate. Edith Cushing, uma jovem da era vitoriana, alimenta o sonho de escrever um livro. Ainda que, segundo ela mesma, seja uma misantropa irritadiça, não é diferente das jovens de sua época. Porém, há algo tenebroso em seu passado. Aos 10 anos, Edith sofreu dois grandes traumas: o falecimento de sua mãe e, três semanas depois, o encontro com um fantasma — a Sr. Cushing, sua própria mãe. Ainda hoje Edith se lembra daquela noite: o tique-taque do relógio, o ranger das tábuas do assoalho, o farfalhar do robe de seda com o qual a mãe fora enterrada, o estalido dos ossos sob a pele que já definhava, a mão decomposta em seu ombro... e um recado enigmático. Sem medir esforços para realizar seu sonho, ela acaba conhecendo Sir Thomas Sharpe, um homem misterioso, dono de terras na Inglaterra e de uma mente criativa como a dela. Isso logo desperta o interesse da jovem, que busca mais informações sobre ele e sobre Allerdale Hall, a propriedade ancestral da família Sharpe. No entanto, o que Edith não encontra em suas pesquisas são os segredos terríveis guardados pelo nobre inglês, que irão assombrá-la para sempre. O livro é uma adaptação do roteiro do filme A Colina Escarlate, dirigido por Guillermo Del Toro e estrelado por Mia Wasikowska, Jessica Chastain e Tom Hiddleston, com estreia em 15 de outubro.





Resenha: A colina escarlate”, de Nancy Holder, é uma adaptação do filme homônimo, com roteiro de Guilhermo Del Toro e Matthew Robbins. Entre os atores que merecem destaque são Tom Hiddleston (♥) e Mia Wasikowska. Ainda não assisti a produção, mas depois de ler o livro fiquei ainda mais ansiosa para conferir.


Fiquei pensando como começar a descrever o enredo, tão dramático, fantasioso e assustador. No fim das contas, percebi que a ambientação garante todas as sensações exploradas. É possível perceber que os detalhes são ricos e envolvem bem os personagens em suas ambientações. É algo que acaba valorizando ainda mais a história e todas as suas demais implicâncias.

Edith Cushing já vivenciou momentos bem perturbadores, considerado os traumas que precisou carregar durante toda a vida. A primeira vez que viu um fantasma fora aos dez anos de idade, em 1886, e infelizmente o fantasma em questão era sua mãe. O tempo presente se passa em 1901 e os receios, assim como os questionamentos e curiosidades, crescem a cada página virada.

Seus sentimentos são bem intensos e é possível perceber que se perde bastante em seus próprios pensamentos. A jovem, extremamente sonhadora e peculiar, escreveu um livro, porém este não foi muito bem recebido pelas editoras. É bom ver que, apesar dos preconceitos da época e demais negações, sua confiança ainda estava presente com ela.

Outro personagem que se destaca é Sir Thomas Sharpe, este que começa a fazer parte da vida de Edith. Como esperado, ela começa a ter emoções fortes ao seu lado. O problema é que também não o conhece muito bem e, quando as revelações começam a surgir aos poucos, nota-se que existem muitas coisas inacabadas pelo caminho.

A família Sharpe entra em cena para demonstrar que há muito a ser exposto. Allerdale Hall também revela toda a ameaça do local. Os relacionamentos se estreitam cada vez mais e é difícil imaginar o que pode acontecer nos próximos capítulos. Claro que sempre houveram dicas sobre os perigos da Colina escarlate, apesar de que a compreensão não foi tão visível.


E é por tantas outras características positivas, que o ritmo da leitura se mantem tão forte e ao mesmo tempo crível demais. A narrativa é sombria e igualmente misteriosa, e é impossível não se encantar por todo o desejo e tensão encontrada nas entrelinhas. O leitor tende a pensar mais como funcionam os processos de adaptação diante de cada figura analisada.


Classificação SEL: 4/5

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