Título: Esperando por Doggo
Um homem. Um cachorro. Um grande amor.
Título original: Waiting for Dogg
Autor: Mark B. Mills
Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
Sinopse: Dan achava que tinha uma vida feliz com Clara, mas, de uma hora para outra, ela desaparece inesperadamente de sua vida, deixando para trás apenas uma carta de despedida e um cachorro. A pequena criatura é incomum e sequer tem um nome definitivo, ele é simplesmente chamado de Doggo. Agora, Dan tem a missão de devolver Doggo, e, ao mesmo tempo, encontrar um novo emprego. A primeira missão parece ser fácil, a segunda, nem tanto. Com o passar dos dias, Dan começa a desfrutar da companhia de Doggo e não tem coragem de abandoná-lo. De forma singela, mas significativa, a presença do pequeno cão ajuda àqueles que estão ao seu redor. Doggo acaba tornando-se muito mais que um amigo de quatro patas, transforma-se em uma verdadeira fonte de inspiração para o trabalho e para a vida de Dan. Esperando Doggo não é só um livro sobre um cachorro. É um livro sobre o poder de uma verdadeira e sincera amizade.
Resenha:
”Esperando por Doggo”, de Mark
B. Mills” apresenta uma trama sutil, delicada, divertida e ao mesmo tempo
muito expressiva. E é impossível não se encantar com personagens tão
irreverentes e que garantem cenas emocionantes e repletas de sentimentos. São
cenas que determinam mudanças significativas e é isso que garante todo o
destaque entre as páginas.
Dan me pareceu muito acomodado quando
achou que tinha uma vida perfeita ao lado de Clara, e de acordo com ele,
parecia que tudo estava dando certo mesmo. Acredito que ninguém deve achar que
as coisas vão ser perfeitas para sempre. Mas claro que é interessante da parte
dele pensar o quanto eram e poderiam ser felizes para sempre, entretanto a
verdade é que a vida pode surpreender bastante as vezes, e não avisa quando
resolve mudar alguma coisa.
E assim, Dan se vê sem a garota que
considerava tão especial. Logo no começo, o leitor acompanha a leitura da carta
deixada por Clara, e talvez tudo pareça ser insensível demais, e até é um pouco
mesmo, levando em consideração que falta diálogo nessa relação. E ao mesmo
tempo também não deixa de ser estranho demais, afinal de contas, é difícil imaginar
alguém indo embora assim, sem querer deixar rastros ou maiores informações
sobre o término.
Surgem muitos questionamentos desde as
primeiras páginas, principalmente porque não há como esperar tal atitude. Isso
quer dizer que faltam respostas sobre o convívio entre os dois e o porquê de
Clara se despedir com uma carta. A ideia seria deixar Doggo em um lar para
animais, já que Dan nunca quis ter um animal de estimação, mas que bom que o
protagonista voltou atrás e não conseguiu concluir a ação.
Eu sou apaixonada por livros sobre
animais e fiquei empolgada demais quando soube desse lançamento. E se mostrou
bem melhor que o esperado na verdade, já que há a sensação de estar vivenciando
as mesmas coisas que o próprio Dan. Não sei se é possível decifrar isso ou
todas as passagens narradas de uma vez só, mas entende-se que o que importa
mesmo é a reflexão deixada nas entrelinhas.
E dessa vez estava apenas com um
cachorro em casa, o Doggo. Para
muitos, seria uma companhia e tanto mesmo, mas no começo ele não percebeu isso.
Sua negação se manteve forte, mas é impossível resistir a um animal carinhoso e
amigo, ainda mais quando a pessoa sente que está diante de uma situação difícil,
além de se sentir carente e sozinho.
Doggo passa a sensação de conforto, por mais
que sua aparência não seja a mais esperada. E é isso que valoriza ainda mais os
acontecimentos. E não importa se é feio ou bonito, e sim o jeito como se comporta
ao lado de seu amigo. Até Dan parecia compreender os olhares dados por ele, e é
só o começo de uma amizade sensacional.
É uma leitura despretensiosa e sincera,
aquela que você termina de ler até em um dia ou apenas numa tarde se quiser. E
por fim, acaba sentindo saudades desses episódios, mesmo porque é muito fácil
se apegar no enredo, principalmente por toda a delicadeza do relacionamento
retratado entre um homem e um cachorro.
Classificação SEL: 4/5
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