Resenha: A mulher que roubou a minha vida - Marian Keyes @editorarecord

Informações do livro:
Título: A mulher que roubou a minha vida
Título original: The Woman  Who Stole My Life
Autor: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 470







Sinopse: Um dia, andando de carro em meio ao tráfego pesado de Dublin, Stella Sweeney, mãe e esposa dedicada, resolve fazer uma boa ação. O acidente de carro que resulta disso muda sua vida. Porque ela conhece um homem que lhe pede o número do seu celular para o seguro, plantando a semente de algo que levará Stella muitos quilômetros para longe de sua antiga rotina, transformando-a em uma superestrela e também, nesse processo, virando a sua vida e a de sua família de cabeça para baixo. Em seu novo e divertido romance, Marian Keyes narra a história de uma mudança de vida. É tudo muito bom quando se passa de um cotidiano banal para dias cheios de eventos glamorosos — mas, quando essa vida de sonhos é ameaçada, pode-se (ou deve-se) voltar a ser a pessoa que se costumava ser?


Resenha: A autora Marian Keyes faz parte da minha trajetória de leituras e já faz um bom tempo. Lembro que quando comecei a ler seus títulos inspiradores, o que mais me chamou a atenção nos romances contemporâneos foi a forma como desenvolve suas tramas, fazendo com que tudo se tornasse sutil e ao mesmo tempo muito envolvente e extremamente divertido. E é claro que não seria diferente em “A mulher que roubou a minha vida”.

A protagonista, Stella Sweeney, diante de seus 38 anos de idade, nunca poderia imaginar que sua vida mudaria tão rápido. Ela ficou conhecida por escrever o best-seller internacional “Uma piscada de cada vez”. A obra de autoajuda rendeu momentos únicos, mas o leitor e expectador não consegue enxergar todos os dilemas na vida da autora e mulher.

A fama pode ter lados felizes e igualmente cruéis, se a pessoa não sabe lidar muito bem com as consequências. E, normalmente, as pessoas não lidam muito bem quando há questões de transformações, afinal de contas, há muitas coisas inquestionáveis em jogo nesse processo. Além disso, é preciso pensar nas coisas que é preciso abrir mão para seguir adiante.

Claro que esse livro garante bons momentos de reflexão, e isso não é nenhuma novidade. A autora explora os lados emocionais de seus personagens de um jeito que parece se conectar – muito profundamente, por sinal – com seus leitores. E é por isso que nesse enredo há questionamentos tão marcantes sobre o que de fato vale a pena e quando é preciso parar para analisar as implicâncias de todos os atos.

O tempo é um fator essencial na caminhada de Stella, principalmente para que o leitor possa compreender o que passou. Assim, a narrativa se divide, dando ênfase para detalhes que remetem aos eventos mais importantes. Claro que há muitos e muitos dramas envolvidos nessa jornada, um tanto engraçada e muito empolgante.

Os elementos acabam se misturando bastante e se complementam entre as diversas emoções exploradas ao longo dos acontecimentos e suas implicâncias, seja por conta da confiança em si mesma, pelas intenções em querer voltar ao que era antes ou pelo modo como acaba admitindo seus próprios erros.

Eu fiquei apaixonada por esse enredo, principalmente por todas as mensagens exploradas. E fiquei muito feliz em poder ler mais uma obra dessa brilhante autora. Não há muitas surpresas em seu modo de escrever e nem nos diálogos irreverentes, mas ainda assim é maravilhoso perceber como Marian Keyes faz com que tudo seja realista, ágil e envolvente demais.


Classificação SEL: 4/5

Comentários

Amanda Zanatta disse…
Oi Fê,
também sou fã da Marian Keyes mas ainda não li esse!
Adorei sua resenha e fiquei curiosa, vai entrar pra minha listinha de desejados haha

Beijo,
Guerra de Almofada