Resenha: Distopia - Kate Willians @EditoraArwen

Informações do livro:
Título: Distopia
Autor: Kate Willians
Editora: Arwen
Páginas: 318





Sinopse: Em uma sociedade governada por militantes, com um sistema incorruptível, as crianças são isoladas no regimento militar aos sete anos de idade e treinadas para serem soldados. Lá, eles aprendem da forma mais cruel a atirar e a matar, perdendo muito cedo a sua inocência. Depois da Grande Guerra, o mundo passou a ser dividido entre governantes e governados e cada um tem as suas dores, suas mágoas e limitações. E o que nos resta saber é: de qual lado você está? Porque no final das contas, não estamos vestidos para lutar... Assim como nunca estaremos vestidos para morrer...




Resenha: Como não amar uma boa distopia e ainda repleta de críticas a sociedade? Por isso mesmo fiquei muito curiosa quando li a sinopse do livro intitulado com o próprio nome do gênero “Distopia”, de Kate Willians. A autora tem um estilo único de narrar os episódios, diante de tantos receios e mistérios, e por isso mesmo, me surpreendi tanto com o enredo, assim como o desenvolvimento de todos os personagens.

A ideia geral gira em torno de como a população irá sobreviver depois da Grande Guerra devastadora. Claro que as regras deveriam mudar, assim como vários casos de opressão e treinamentos ainda mais arriscados. E é por isso mesmo que crianças são inseridas nesse cenário, com o principal objetivo de torna-las soldados em um futuro próximo.

Thiago e Laura são os personagens centrais e se mostram extremamente diferentes, principalmente pela divisão governamental. Apesar de todos os contratempos, os caminhos dos dois se entrelaçam e causam grande comoção por onde passam.  Enquanto Laura é filha de um coronel, Thiago é um governado que precisou passar – e ainda passa – por muitas dificuldades. Vale muito a pena conferir esses dois lados da história.

As agitações de ambos são tão visíveis que mechem até com as pessoas que estão ao seu redor, por mais que não percebam todas as reações imediatas. Vale ressaltar que o foco está na luta individual deles, e não no relacionamento em si. É muito importante já que o romance não se sobressai tanto, apesar de que os encontros também não deixam de ser bem emocionantes.

As escolhas são realmente muito tristes, ainda mais se analisarmos pelo lado dos governados, ou seja, as pessoas que estão fora do poder. Além de ter que entregar os filhos aos sete anos, não tem prioridades de ensino ou tecnologias e afins. Muito diferente dos governantes, que sempre estão cercados por muitos benefícios.

Achei muito válido a maneira como a autora inseriu a inversão dos papéis, assim como a analise de todo o terreno explorado. E como já era mesmo esperado, a política é muito forte, e é impossível imaginar quem é mesmo de confiança, tornando tudo bem mais complicado e assustador. As informações são muito bem distribuídas, de modo a facilitar também a nossa própria compreensão.

Classificação SEL: 4/5

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