Resenha: O estúdio dos vícios etéreos: Um Manifesto Hedonista (Volume 1) - Jairo Cardoso, Giostri Editora
Sinopse: A história de “O Estúdio dos Vícios Etéreos” se passa durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, em 2020, e é contada por um homem sem nome, que, obrigado a ficar em casa, só deseja não ter mais o que fazer. O narrador pensa que toda situação é apenas um pretexto para prejudicar pessoas como ele, usurpando-lhe a rotina de lazeres e prazeres. Como só lhe resta tirar o melhor proveito possível da quarentena, ele entra em uma espiral de rancores e compulsões, ocupando as horas com ruminações cínicas e niilistas, sem dúvidas nem critérios – apenas o eco das redes e das ruas, com suas recriminações e intolerâncias.
Resenha: "O estúdio dos vícios etéreos: Um manifesto hedonista", de Jairo Cardoso, é uma obra direta e inquietante diante sua abordagem em torno das experiências na pandemia do Covid-19, no ano de 2020.
Tal realidade envolta por um isolamento inesperado e muitas incertezas acaba compreendendo muitas emoções intensas. E é claro que o texto consegue captar bem todas as adversidades nesse período.
Tal realidade envolta por um isolamento inesperado e muitas incertezas acaba compreendendo muitas emoções intensas. E é claro que o texto consegue captar bem todas as adversidades nesse período.
Aqui, o leitor tem a oportunidade de acompanhar alguém sem nome, um homem que esconde sua identidade em meio às reflexões na quarentena.
Por meio das percepções únicas e, de certa forma envolventes, desse narrador anônimo, fica claro o quanto as visões são intrigantes sobre mudanças, oportunidades e relacionados. Foi necessário se adaptar, mas com isso vieram também os sentimentos de sofrimento e desespero.
Diz muito a respeito de conexões - ou especialmente a falta delas, além de consequências sérias por ações que atingem tanto o psicológico e as relações humanas. Explora os limites mais profundos de cada individuo, gerando também nesse desenrolar, uma forte tensão emocional.
Há muitas sensações que o leitor pode se identificar, seja pela angústia do confinamento, as privações de liberdade, as perdas, as frustrações, o desamparo e outras questões que prejudicaram tanto no convívio na sociedade. É como se tivesse algum tipo de distorção da realidade, o que no fim pode ter sido algo bem intencional mesmo.
Pensamentos desafiadores se fazem presentes de modo a deixar qualquer um confuso pelo que o protagonista vivencia. Seu desconforto e suas batalhas são nítidas e, portanto, suas interações refletem bem as informações de âmbito global.
Leitura necessária, reveladora e provocativa, justamente ao apresentar um olhar tão crítico ao confinamento forçado em todos os seus agravantes, desde o âmbito social ao cultural.
Leitura necessária, reveladora e provocativa, justamente ao apresentar um olhar tão crítico ao confinamento forçado em todos os seus agravantes, desde o âmbito social ao cultural.
Livro que, pelas complexidades expostas, gera debates curiosos e possui extrema relevância atual, em torno das introspecções e a crise interna e externa que apareceu depois de tudo isso.
Disponível em:
Classificação: 5/5
Comentários