Esta
pergunta é o tema central do livro de Jai Pausch, Sonhe mais. Muito bom,
diga-se de passagem.
Sabe
quem é ela? A viúva de Randy Pausch, o sujeito que tinha câncer no fígado, fez
um discurso e escreveu um livro: A lição final. Sonhe mais é a versão dela, da
esposa, sobre uma vida de paixão, amor e
família. Mais incrível que o primeiro! É
tão provocante, mexe tanto com a gente que eu não consegui desgrudar do livro.
Logo que comecei a ler tive raiva de Randy Pausch(!), o marido, fechei o
exemplar e comecei a refletir. Mas aquele livro ao meu lado parece que me
chamava, então iniciei a leitura novamente, de onde parei. Três
capítulos depois e eu estava com dó -- pena mesmo -- do Randy Pausch, afinal
ele estava morrendo! Pensei: "acho que ele está certo, só pensando no
melhor para a esposa e filhos", e continuei a ler. Conforme
Jai Pausch, a autora de Sonhe mais, escrevia e descrevia suas experiências --
que senti todas -- comecei a pensar que ela é quem estava errada, achei a
mulher fria em certos momentos.
Pois
fiz uma pausa e pensei novamente! Que loucura!
Mas
o livro continuava a me provocar e lá fui eu, novamente, ler. Finalmente,
percebi que Jai estava vulnerável, ela ia perder o marido de quem tanto
gostava, mas tinha que continuar a vida, tinha que cuidar do doente e dos
filhos ao mesmo tempo ( nada como uma mulher para fazer isso), e pensar no que
aconteceria depois que Randy falecesse! Como
ela foi forte, como sofreu e como amou!
Na
verdade, eles viveram um grande amor! E
eu vivi um turbilhão de sentimentos! Veja,
já li livros intrigantes, emocionantes, mas que me provocasse sentimentos de
compaixão, raiva, compreensão, amor, dó... tudo ao mesmo tempo, este foi o
primeiro.
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