Resenha: O que fazemos nas sombras - Jennifer Hillier, Faro Editorial

 Sobre o livro:




Sinopse: O que é pior do que ser acusada de um assassinato? Quando Paris é encontrada em casa pela polícia, coberta de sangue, segurando uma navalha, e tendo logo atrás dela, na banheira, o corpo do marido, um dos seus primeiros pensamentos é a certeza de que será acusada de assassinato. Mas, apesar das circunstâncias, essa não é a sua maior preocupação. Agora, com a atenção indesejada da mídia, será apenas uma questão de tempo até que alguém do passado, que até então estava oculto, a identifique e destrua a vida que ela construiu com tanto esforço, além de acabar com qualquer esperança de futuro. Vinte e cinco anos atrás, outra mulher, Ruby Reyes, conhecida pela imprensa como a Rainha de Gelo, foi condenada por um crime semelhante ― com uma sentença de prisão perpétua ―, em um julgamento que atraiu a atenção de todo o país. Reyes conhece Paris muito bem, e inesperadamente acaba de ser libertada e ameaça expor todos os segredos obscuros dela. Sem chance de fuga, Paris fica diante dos eventos de seu passado sombrio, e terá de finalmente encará-lo de uma vez por todas. Porque pior do que uma acusação de homicídio é levar a culpa por dois assassinatos.


Resenha: "O que fazemos nas sombras" de Jennifer Hillier (Faro Editorial) apresenta uma trama intensa, envolvente, carregada de dramas, reviravoltas e situações perturbadoras.

Da mesma autora de Pequenos segredos e Nada fica no passado. Você pode conferir as respectivas resenhas por aqui também!

Passado e presente se misturam de uma forma surpreendente, e é ótimo acompanhar a forma como os eventos são compreendidos. 

Não há dúvidas de que a trama ganha pontos por conseguir situar o ponto de vista de três personagens tão relevantes.

Nesse thriller psicológico, a tensão é ainda maior diante uma ambientação repleta de pressões e de muito desespero. A profundidade emocional é um dos principais fatores a serem trabalhados nesse decorrer.

Paris é uma protagonista atormentada por preocupações, ainda mais quando a polícia chega em sua casa e a vê coberta de sangue, com uma navalha em suas mãos. A cena se torna ainda mais impactante pelo fato de o corpo do seu marido estar na banheira. 

Por conta das circunstâncias incriminadoras, já é esperado que ela seria acusada de assassinato. Porém, existem outros fatos que a sensibilizam mais, como o fato de vir a tona algumas questões de seu passado.

Ocorrências, revelações sérias e mais segredos sombrios ameaçam sua reputação e liberdade, mas há muito mais detalhes envolvidas, justamente pelas escolhas que precisou tomar e também diante da vida que construiu ao longo do tempo.

Ruby é outra personagem que ganha destaque, justamente ao envolver outro crime. De tal forma, também pode sugerir conexões comprometedoras para a protagonista. Paris entra numa encruzilhada obscura, explorando seus próprios receios e fantasmas internos. 

As acusações revelam uma exposição pública chocante, dentre outras situações muito imprevisíveis nesse contexto. Mas quem já teve a oportunidade ler alguma obra da autora, sabe que ela já se destaca por conta dessa atmosfera inesperada.

A mídia está atrás desse caso e é tudo o que Paris menos quer no momento. Assim, ela pretende lutar para provar a sua inocência o quanto antes seja possível. Porém, além de confrontar outras situações que a limitam demais, existem outras emoções que são capazes de desestabilizar a calma que tanto tenta manter.

Esse é um suspense muito profundo e instigante, ainda mais ao adentrar em temáticas complexas e desafiadoras, desde sentimentos de medo e culpa, redenção e a fragilidade das aparências.

Classificação: 4/5

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