Resenha: O Advogado da Vida - Jean Postai, Editora Novo Século

Informações do livro:
Título: O Advogado da Vida
Autor: Jean Postai
Editora: Novo Século
Páginas: 416
Sinopse: Quando começa o direito à vida? Essa pergunta fica quase impossível de ser respondida quando o médico Arthur Galanidel é preso por supostamente realizar abortos ilegais em sua clínica, inclusive em uma menor de idade. O advogado David é escalado para defender o caso, sofrendo a pressão da imprensa e da sociedade, que discutem se uma mulher tem ou não o direito de abortar e se o médico é ou não um criminoso. Será que David conseguirá convencer os jurados a inocentar o médico? Em quais situações é permitido a uma mãe optar por dar ou não à vida a seu filho? Neste emocionante thriller jurídico, as perseguições, tramas e provas são misturadas a todo momento, criando um romance fantástico, de tirar o fôlego. Tudo isso para, no final das contas, o caso ser julgado por sete jurados que decidirão onde começa e até onde vai o mais fundamental dos direitos: o direito à vida.



Resenha“O Advogado da Vida” é um livro que meche com os leitores, tanto por apresentar uma leitura forte e reflexiva. Para mim também posso dizer que foi uma leitura diferente as quais estou acostumada a ler, e confesso que gostei bastante da narrativa e da história em si. 

A trama foca em um assunto bem polêmico em nossa sociedade e no livro é abordado de maneira descritiva e ao mesmo tempo simples. Ao lermos a história nos deparamos com perguntas sem respostas e que merecem uma boa reflexão: Onde começa realmente a vida e por onde finaliza? O que é certo e o que é errado?

Não pretendo declarar minha opinião quando ao aborto em si, mas quero apenas mostrar os principais pontos do livro. Realmente é algo bem complicado de ser explorado, porém o autor conseguiu explorar bem o assunto e todos os personagens envolvidos. É uma leitura que nos prende do início ao fim, deixando um ar de suspense e tensão em todas as páginas.

Foram usados muitos termos jurídicos nesta trama e não acredito que isso tenha dificultado a minha leitura, pelo contrário achei ainda mais interessante o modo como Jean Postai colocou esses termos em cena. Sem falar que nós, leitores, somos agraciados com um pouco de conhecimento da área de direito, mesmo não sendo minha area achei super empolgante e dinâmico. 

É uma história que querendo ou não, nos faz pensar muito sobre esse assunto e nos ensina muitos fatos importantes. Com certeza é um ótimo método para que o tema em questão chegue aos leitores e que tenha mais repercussão.

A obra segue o caso de Arthur Galanidel, é um médico renomado que vê sua carreira indo por agua abaixo por causa de um escândalo. O obstetra foi preso e acusado de realizar abortos ilegais em sua clínica e isso inclui menores de idade.

O escândalo estava lançado e Arthur optou por contratar um advogado não tão conhecido, porém o médico deve ter total confiança nele para pôr sua carreira em risco. David Puskas aparentou ter certo receio no início, sendo que não era tão conhecido e nem tinha uma lista extensa de casos em seu currículo. 

Mas ele sabia que estava tendo uma oportunidade única e iria pesquisar e ir ao fundo nesta história. Em contrapartida, o Ministério Público também utilizará todas as armas possíveis contra esse caso, e com certeza isso também inclui todo o drama e apelação da imprensa que estará presente no começo ao fim desta trama.

Nessa corrida contra o tempo, David precisará ir atrás de fatos que comprovem a inocência do médico. Será um percurso difícil e extremamente complicado já que aparecerão pessoas tanto que querem apoiar o caso, como as que querem piorar. “O Advogado da Vida” é um livro que nos provoca muita ansiedade para saber logo o desfecho e ao mesmo tempo nos deparamos com um narrativa detalhada, ágil e cenas decisivas. Além, claro, de questionar sobre a legalidade do aborto, que por si só já é um assunto muito discutido.

Quem estava realmente errado? A mulher tem o direito da escolha? Pois é...um tema polêmico com muitas perguntas e dúvidas. É um livro para se ler de mente aberta e acompanhar uma história dinâmica, diferenciada e complementar as nossas convicções, ou quem sabe mudá-las.
     

“Ou seja, a lei que proibia o aborto, de modo geral, era quebrada diariamente por milhares de mulheres anônimas que, por algum motivo, desejam retirar de seus corpos uma vida que acreditavam não poder dar amor, carinho ou uma vida digna. Será que realizar o desejo dessas mulheres era realmente ir contra a lei? Ou o melhor seria permitir que tudo ocorresse às escondidas, de forma perigosa e terrível, causando muito mais sofrimento a todos simplesmente porque o Estado diz que não se pode abortar e ponto final?” Pg.219


Classificação SEL: 4/5

Comentários

Marina Menezes disse…
O livro parece bem interessante. Acho que também não ia me importar com termos judiciarios, gosto de aprender sobre essas coisas ^^

Linda capa!