Título: O Espadachim
de Carvão
Autor: Affonso Solano
Editora: Fantasy - Casa da Palavra
Páginas: 256
Sinopse: Filho de um dos quatro deuses de Kurgala, Adapak vive com o pai em sua ilha sagrada, afastada e adorada pelas diferentes espécies do mundo. Lá, o jovem de pele absolutamente negra e olhos brancos cresceu com todo o conhecimento divino a seu dispor, mas consciente de que nunca poderia deixar sua morada. Ao completar dezenove anos, no entanto, isso muda. Testemunhando a ilha ser invadida por um misterioso grupo de assassinos, Adapak se vê forçado a fugir pela vida e se expor aos olhos do mundo pela primeira vez, aplicando seus conhecimentos e uma exótica técnica de combate na busca pela identidade daqueles que desejam a morte dos Deuses de Kurgala.
Resenha: Este é um livro que nos apresenta uma história realmente original, com descrições bem construídas e cenas espetaculares, dignas de um bom filme. A exposição dos personagens é tanta que é como se o leitor conseguisse adentrar dentro da narrativa, de um modo mais envolvente e, portanto, surreal. Affonso Solano está de parabéns por criar um enredo intenso e inteligente, a ponto de fazer com que desperte total atenção para a trama. A fantasia está presente em todos os momentos e é impossível não se encantar pelo universo narrado.
“Eles invadiram o depósito com
uma intensidade ensurdecedora, ecoando pelas paredes e agulhando os tímpanos do
espadachim. Ele tapou os ouvidos e estimou no mínimo cinco deles lá fora,
emitindo o som insuportável para que pudessem enxergá-lo.” Pg.09
Conhecemos então, o
protagonista – Adapak – um jovem sagaz de dezenove ciclos, pele cor de carvão e
olhos muito brancos, que se encontra isolado, ou talvez possa-se dizer perdido
em sua própria plenitude.
Ele é dilho de um dos quatro deuses de Kurgala. Esse personagem foi muito bem adaptado na trama, pois passa a sensação de ser mais realista e ingênuo. Na verdade, é o tipo de pessoa que pode-se apontar muitas semelhanças com nós mesmos.
Dando destaque, é claro, que ele gosta bastante de livros e tem muito conhecimento guardado consigo, sem falar de suas várias habilidades. Ele é meio que único em Kurgala, e agora precisa entender mais sobre sua origem neste cenário. Sem falar que Adapak está sendo caçado por algumas criaturas assassinas, e para piorar, nem sabe por qual motivo.
Ele é dilho de um dos quatro deuses de Kurgala. Esse personagem foi muito bem adaptado na trama, pois passa a sensação de ser mais realista e ingênuo. Na verdade, é o tipo de pessoa que pode-se apontar muitas semelhanças com nós mesmos.
Dando destaque, é claro, que ele gosta bastante de livros e tem muito conhecimento guardado consigo, sem falar de suas várias habilidades. Ele é meio que único em Kurgala, e agora precisa entender mais sobre sua origem neste cenário. Sem falar que Adapak está sendo caçado por algumas criaturas assassinas, e para piorar, nem sabe por qual motivo.
“Adapak tinha um rosto anguloso e
de traços be desenhados. Ele não tinha nariz ou orelhas; apenas um par de orifícios
para cada. Sua boca era pequena e de lábios finos, ocultando 28 dentes brancos
e bem cuidados. Seu par de olhos também era branco, apesar de uma observação
mais honesta revelar que as pupilas eram brancas e por isso, sem o contraste
dos globos oculares (também brancos) seus olhos finalizavam uma aparência sem
vida e intimidade para um observador mais relapso.” Pg.19
No inicio, sua
jornada – ou fuga – pode se tornar um tanto quanto confusa, mas no decorrer dos
fatos, somos introduzidos melhor e começamos a entender com mais clareza as
informações repassadas e o por quê dos acontecimentos.
Somos conduzidos a saber do seu presente e para dar um acréscimo, ainda há intercalações com referencias a fatos passados, fazendo com que os fatos sejam ainda mais explicados de uma forma mais coesa. Toda essa idealização pela luta por sobrevivência acrescenta novos sentidos e experiências ao personagem, enriquecendo ainda mais o seu conhecimento e cultura.
Somos conduzidos a saber do seu presente e para dar um acréscimo, ainda há intercalações com referencias a fatos passados, fazendo com que os fatos sejam ainda mais explicados de uma forma mais coesa. Toda essa idealização pela luta por sobrevivência acrescenta novos sentidos e experiências ao personagem, enriquecendo ainda mais o seu conhecimento e cultura.
O Espadachim de
Carvão é completo e único. Traz a tona personagens intensos, desde deuses até
criaturas mais diversificadas e crenças exploratórias. È uma trama fantasiosa,
que ainda contém aventura, mitologia, ação, muito mistério, e até uma pitada de
romance.
É uma viagem dimensional e única, idealizando os pontos centrais de um modo carismático, planejado e particularizado. Com certeza, é a leitura certa para quem curte literatura fantástica.
É uma viagem dimensional e única, idealizando os pontos centrais de um modo carismático, planejado e particularizado. Com certeza, é a leitura certa para quem curte literatura fantástica.
Classificação SEL: 4/5
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