Título: A Colcha de Despedida
Título Original: The Goodbye Quilt
Autor: Susan Wiggs
Editora: Harlequin
Páginas: 286
Sinopse: A loja de tecidos preferida de Linda Davis é o lugar em que as mulheres se encontram para compartilhar suas criações: colchas de casamento, colchas para bebês, colchas de comemoração. Cada qual costurada com muitos sonhos, esperanças e suspiros. Agora, a única filha de Linda se prepara para entrar na faculdade, deixando- a confusa com tantas emoções. De um lado, a felicidade por Molly ter crescido. De outro, uma pontada de angústia por vê-la partir. Qual será o papel de Linda quando ela não for mais necessária como mãe? Ao viajarem juntas para fazer a mudança de Molly, Linda prepara uma colcha com os retalhos de roupas que ela guardou de sua menina. A barra do vestido de batizado, um enfeite de fantasia. Ao unir cada pedacinho, ela descobre que lembranças podem ser costuradas de modo a manter ambas, mãe e filha, com o coração aquecido por muito tempo…
Resenha: A Colcha de Despedida é um livro que apresenta uma narração doce e comovente, voltada principalmente ás mães que de alguma forma precisam se separar dos filhos. A palavra certa para definir esta história seria “emoção” apresentada com diversos sentimentos intensos e sensíveis.
O que torna o enredo mais claro na verdade, é o modo de expressar tanto afeto diante de uma relação peculiar e constante. E é nesse ambiente que conhecemos Linda Davis e o seu projeto de entregar um quilt como presente de despedida para sua filha Molly, que está prestes a ingressar na faculdade, o que consequentemente terá que se afastar de casa.
“Sempre achei que um quilt costurado com
as lágrimas de uma mulher é o mais forte de todos os projetos.” Pg.11
A parte mais emocionante é perceber a
ligação invisível entre a mãe e a filha, e de como cada uma se apega nos
detalhes mais simples. O fato de que Molly irá para a faculdade, marca de uma
vez por todas o fim de sua infância e segundo Linda, esta é uma etapa de
aprendizados para as duas.
Somos apresentados, portanto, à um misto de saudade e sofrimento – leal e protetor. No fundo, Linda não quer que a filha vá, mas sabe que é uma oportunidade única por ter conseguido uma bolsa de estudos em uma universidade particular renomada.
Somos apresentados, portanto, à um misto de saudade e sofrimento – leal e protetor. No fundo, Linda não quer que a filha vá, mas sabe que é uma oportunidade única por ter conseguido uma bolsa de estudos em uma universidade particular renomada.
“Subitamente
meus pensamentos se tornam muito veementes, como se estivessem se rebelando.
Como posso simplesmente deixá-la partir? Não concordo com isso, não criei a
minha melhor obra para simplesmente mandá-la para longe de mim.” Pg.22
Dan é o marido de Linda, e se vê bem tranquilo
diante da situação, pois diferentemente da esposa ele consegue aceitar
facilmente as mudanças impostas pela vida. É como se ela não estivesse pronta
para aquela realidade e do jeito que ela narra, existe um drama bem maior do
que o necessário.
Com certeza, ela está sendo mesmo muito dramática, mas é fato que isso faz parte de todo o processo das transformações. E de qualquer maneira, essa situação requer atenção redobrada devido aos ânimos estarem exaltados e as envolvidas se encontrarem nervosas, cada qual com seu motivo. Linda, por causa da falta que a filha vai fazer e Molly, por causa do namorado, que vai ter que deixar para trás. Pelo menos elas sabem que é um passo em busca de um futuro melhor e do objetivo almejado.
Com certeza, ela está sendo mesmo muito dramática, mas é fato que isso faz parte de todo o processo das transformações. E de qualquer maneira, essa situação requer atenção redobrada devido aos ânimos estarem exaltados e as envolvidas se encontrarem nervosas, cada qual com seu motivo. Linda, por causa da falta que a filha vai fazer e Molly, por causa do namorado, que vai ter que deixar para trás. Pelo menos elas sabem que é um passo em busca de um futuro melhor e do objetivo almejado.
“Embora
seja impossível ser objetiva, sei que a peça que estou criando é linda, mesmo
com todos os defeitos. Mesmo ainda não estando terminada. É uma recordação de
todos os tantos dias que minha filha passou comigo, desde o momento em que
descobri que estava grávida (...)” Pg.37
Linda acompanha a filha até a faculdade e
o bom de fazerem esta viagem juntas, é que puderam conversar sobre amenidades,
e é mais relevante pelo fato da intensidade do desespero da mãe para manter um
contato mais próximo. É nesta viagem, que ela reúne tempo e dedicação para
terminar o seu quilt. No decorrer da narração, Linda demonstrou ser uma pessoa
ambiciosa, e não descansou até que seu projeto estivesse finalizado.
“Mais
silêncio. A agulha dispara no tecido. O dia passa através da janela do carro.
Cidades nas campinas, em meio a pastos intermináveis. Nós fazemos uma parada,
comemos alguma besteira e conversamos um pouco sobre qualquer coisa. Como
sempre fazemos.” Pg.48
Foram sete dias narrados e a cada página
virada se torna perceptível o envolvimento e cumplicidade entre as personagens,
assim como novos conhecimentos adquiridos de uma com a outra. E olha que ao
longo dos acontecimentos, muitos fatos são revelados, assim como há diversas
reviravoltas. Esta é uma história que aborda os reais sentimentos vivenciados
em uma família, na força entre o amor de mãe e filha, sobre perdas, mudanças e
todas as essência dos relacionamentos.
“Como
os motoristas de caminhão, que passam longas horas na estrada, aguentam o
tédio? Como vou aguentar, quando tiver de voltar sozinha para casa, com o carro
vazio, sem as coisas de Molly, sem o cheiro de frutas do xampu dela e sua
conversa animada? É isso o que realmente está me devorando por dentro. Estamos
quase chegando.” Pg.182
Classificação SEL: 3/5
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