Crônicas da Márcia: Nem sou mão de vaca!

Vamos conferir a crônica dessa semana? Não deixe de comentar a sua opinião e se divertir com os devaneios da querida Márcia:



Nem sou mão de vaca!

Eu estava neste exato momento falando com minha melhor amiga, a Marciele, sobre produtos de consumo, roupas de grife e marcas chiques. E acabei lembrando que, recentemente, fiz um post no meu blog sobre o filme Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, que acho muito hilário, especialmente por tratar o consumismo compulsivo de uma forma tão agradável. Mas no fundo, o consumismo compulsivo não é um problema tão vil assim, não é? Já ouvi pessoas que sofrem desse distúrbio falarem que é um vício tão nocivo quanto as drogas. É difícil dar meu parecer sobre isso, porque sou uma das rainhas da “mão-de-vaquisse”, por isso, não consigo entender por que alguns não conseguem se controlar quando passam na frente de uma vitrine.

Nesse mesmo post, o que resenhei sobre o filme, relatei que uma vez na escola fiz todo o tipo de customização possível no meu tênis rasgado, velho e detonado para poder fazer parte da equipe preta em uma gincana que a escola realizou. Tinta em spray estava entre os trabalhos de aproveitamento. Só decidi ir às compras, porque em todo lugar por onde eu passava, as pessoas perguntavam de onde, diabos, estava vindo aquele cheiro tão forte de tinta. Eu só olhava de soslaio para o tênis e tentava disfarçar. Mas teve uma hora que, não teve mais jeito, tive que jogar fora aquilo que eu usava no pé, que nem podia mais ser chamado de tênis, e comprar uma coisa decente. Não contei os detalhes, mas pedi 30 reais para o meu pai, e fiquei pesquisando preços de tênis. A Conga estava em promoção e foi bem ela que comprei. O mais bacana foi que gastei R$ 19,90. Agora me pergunte o que fiz com os R$ 10 restantes. 

Vou dar opções: 
a) comprei alguns pares de meia; 
b) comprei umas bobagenzinhas do R$ 1,99; 
c) comprei um sorvete e deixei o restante na carteira ou; 
d) depositei na minha conta poupança para deixar essa fortuna render. 



Óbvio que, como uma excelente mão-de-vaca, depositei na poupança. Minha amiga Ana me olhava incrédula e sarcástica ao me ver colocando uma nota de cinco reais e mais cinco notas de um real (que ainda existia) no envelope de depósito. Pensando bem, acho que esse meu excesso de economia também era meio patológico, ainda bem que melhorei um pouco. Meu irmão Daniel ainda é problemático quanto a isso. Não vou citar nomes de marcas, mas uma vez, ele comprou uma ração (de 10 quilos) dura e fedida para seus gatinhos, só para economizar 40 centavos que ele pagaria a mais na ração top de linha com a qual seus gatos se esbaldavam. Resultado: os gatos mal cheiraram a ração 40 centavos mais barata. Nem misturando com aquelas papas de bichinhos os pobres gatinhos conseguiram comer, então ele gastou praticamente o dobro por causa dessa economia que ele achou tão vantajosa, porque no fim teve que comprar a top de linha. Também passei por umas coisas assim, por isso, obriguei-me a deixar de lado tamanho pão-durismo.

E você: é mão-de-vaca ou consumidor doentio?

Beijinhos e até a próxima... =)

Comentários

Aline Coelho disse…
Márcia parabéns pela ótima crônica =)
Concordo sobre o filme é ótimo \o/
Penso que devemos ter uma relação saudável com o dinheiro, ter um equilíbrio, nem ser avarento nem gastador compulsivo. Graças a Deus sempre soube me controla e fico triste quando acompanho pessoas como meu irmão que trabalha pra pagar dividas e não poupa nada, ou seja não sabe se organizar financeiramente e acabou casando com uma pessoa igual e estão os dois com o nome sujo, enfim só jesus.
Bjos e parabéns pela abordagem!!!

Leituras, vida e paixões!!!