Título: 31 Profissão solteira
Título Original:31 profesión soltera
Autor: Claudia Aldana
Editora: Primavera Editorial
Páginas: 296
Sinopse: Consuelo Aldunate parece ter tudo o que uma mulher quer: independência financeira, um bom grupo de amigos, um trabalho divertido, um guarda-roupa invejável e um apartamento top. Mas Consuelo quer uma coisa que para muitas mulheres pode soar básico. Um acessório difícil de conseguir, embora pareça estar em toda parte: um homem. Exigente, ela não quer qualquer homem; quer um próprio, privatizado e que possa mostrar a todos. Por isso arregaça as mangas e sai à procura de um namorado por todos os lugares onde possa haver homens interessantes e disponíveis. Nessa busca, entre drinques e encontros insólitos, a anti-heroina vai descobrindo que é difícil deixar de ser solteira. Com humor inteligente, a personagem mostra que por mais que esteja na moda ser single, há momentos em que daria tudo para ter alguém esperando por ela em casa.
Resenha: “31 Profissão solteira”, de Claudia Aldana, apresenta uma história dinâmica e real aos olhos dos leitores. Qualquer pessoa pode ter passado ou ainda passa pelas situações propostas na trama, e isso valoriza ainda mais o envolvimento e a complexidade do enredo. Com humor e inteligência, a autora ainda sugere que a mulher moderna representa muito do que se conhece sobre esta nova personalidade. Mesmo que seja confortavelmente estável, todo mundo deseja uma companhia agradável...
Consuelo
Aldunate é uma pessoa que tem vida própria, ou seja não precisa de ninguém. Ela
tem 31 anos e logo de inicio somos apresentados a um texto onde a própria
autora narra como surgiu a idéia de criar esta personagem. Neste livro, constam
as crônicas escritas durante anos e matérias escritas para uma revista. O
objetivo é simples: analisar as perspectivas das solteiras. Reconheceu a
nostalgia?
Existe todo aquele discurso sobre as dúvidas que ao
longo do tempo podem se tornar as piores inimigas das mulheres. Seja no modo de
pensar ou principalmente sobre a aparência física: estilo, peso, moda,
insegurança, compras, romance e afins. Mas esta protagonista em especial está
decidida a encontrar o seu par ideal. Para tanto, é claro que ela não poupa
maneiras e encontros dos mais diversificados para chegar ao seu objetivo.
Consuelo está beirando a paranóia, mas convenhamos: qual pessoa não tem ou
busca a sua própria loucura?
As propostas dos textos não poderiam ser mais
agradáveis e dedicados. É uma leitura que te prende e te interliga com os
acontecimentos. Há divagações sobre muitos assuntos que nos levam a imaginar
até que ponto uma pessoa pode chegar para conquistar o que deseja – ou acha que
necessita. Ao mesmo tempo, também nos faz refletir sobre o rumo de nossa vida e
de nossos próprios relacionamentos. É tão certo que não podemos querer adiantar
alguma coisa, porque independente do que queremos, se for para acontecer, vai e
pronto. Motivação e esperança! (sim, bem clichê)
As cenas são muito bem retratadas e com detalhes
únicos. É difícil não achar graça e rir a ponto de querer conhecer essa figura,
para jogar conversa fora ou simplesmente saber mais sobre sua rotina. Ela é um
mistério e ao mesmo tempo é um livro aberto. Cheia de projetos, dilemas e
inúmeros delírios, Consuelo precisa passar por vários encontros e desencontros
antes de tirar suas próprias conclusões. Tudo questão de atitude e otimismo.
Este é um livro simplificado. Aquele tipo de leitura
que passa voando e você nem percebe, e quando acaba anseia apenas por mais uma
dose de bons textos. A autora conseguiu extrair pontos muito críticos e
relevantes, levando em consideração todos os aspectos narrados.
No final também somos “recompensados” com algumas
matérias e entrevistas muito interessantes e basicamente criativas, como por
exemplo: as distintas personalidades das solteiras e claro sobre os homens em
geral, em seguida há a matéria: “Cinco erros que nos mantêm solteiras”, “O que
os homens querem” e “O que as mulheres querem”, entre outros. Diversão é só o
começo...
“Decisão. Longe, a palavra de que menos gosto no
vocabulário. Para piorar, sempre me deixa na boca esse sabor metálico e amargo,
sinônimo de que me equivoco na escolha. E me dá vontade de voltar atrás e de
fazer coisas de novo. E, é óbvio, não dá.” `Pg.54
Classificação
SEL: 4/5
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