Título: Noites Italianas
Título Original: The romantic
Autor: Kate Holden
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272
Sinopse: Quando Kate decidiu abandonar seu passado, em Melbourne, e começar uma jornada para dentro de si mesma, foi para um país reconhecidamente romântico. Enquanto se encantava com as ruínas de Roma e as praças de Nápoles, esperava encontrar — em ruas estrangeiras — sua verdade pessoal. Mas a peregrinação de Kate exigiu coragem. Encontrar o verdadeiro amor ou, quem sabe, perder-se para sempre de maneira a não ter mais qualquer chance de resgate foram possibilidades reais na Itália... Especialmente para alguém que estava acostumada a viver entre as vielas da escuridão. Em um romântico, mas estranho país, com muitos — alguns bem significativos — casos de amor, e mais algumas noites de sexo sem compromisso, ela vai se perguntar se é, verdadeiramente, um espírito livre, ou uma atriz que decorou tão bem o seu papel de mulher sedutora que já não consegue desvencilhar-se dele...
Resenha: “Noites Italianas” de Kate Holden, possui uma narrativa bem realista – já que de fato possui sua verdade em si – e expressões envolventes e corajosas. Porém acredito que pelo fato de a história ser tratada em terceira pessoa, houve certa distancia para com a personagem e se torna algo tedioso e nem um pouco original. Não apresenta um texto perturbador, mas faz com que o leitor entre na história e tente entender cada ponto de vista exposto.
Kate está na Itália, e nessa ambiente conhecido por
ser muito romântico, é retratado um cenário envolto por muitos encontros
sexuais, e diante de tantos parceiros apresentados, nota-se que ela por um lado
está em busca de dinheiro, mas também anseia por companhia e algo mais
relacionado a afeto e compaixão.
Em todo o caso, é como se houvesse uma perspectiva
para uma nova ação em sua vida, e no decorrer do texto há a analise e a
exploração constante de suas mudanças, personalidade e atitudes recentes. Mesmo
que não pareça, Kate se mostra bem insegura e talvez isso se dê por causa de
suas escolhas ruins, e porque parece também que ela acaba sempre cometendo os
mesmos erros do passado.
Este livro é imprevisível e traz ainda algumas
mensagens envolvendo as relações humanas, sobre a intimidade e de como elas são
construídas e cultivadas. É tudo muito simples, mas ao mesmo tempo se torna
enigmático e consequentemente revelador, diante de tantas questões sobre as
interações.
Resta citar que apesar de tudo, o livro se destaca por
apresentar uma coragem que não parece ter limites, já que Kate resolveu se
libertar e principalmente decidiu se permitiu... ser mais, conquistar e
progredir mais. Ela não é nem um pouco inocente, e isso não é nenhum segredo,
mas ainda assim, em alguns momentos seus comentários não são muito
compreendidos e no geral tudo parece regredir e introduz a contradição.
Vários sentimentos se intercalam diante das descrições
referentes ao sexo, como angustia e desmotivação. O caso é que o livro não
cumpriu todas as expectativas, é repetitivo e o desfecho não satisfaz porque o
leitor não consegue chegar a uma conclusão definitiva sobre suas decisões e se
suas experiências a ajudaram de alguma maneira. Será que ela tentou mesmo mudar
a sua situação? Apesar de que a última página revela que há uma continuação –
ao qual, sinceramente, nem sei o que esperar.
“E também há o respeito. Acredito que existem dois
tipos de respeito: aquele que te faz abrir caminho, sabe? Que te faz abrir uma
brecha para alguém, por respeito às diferenças. E também há o tipo de respeito
no qual você respeita alguém o suficiente, a força que a pessoa tem, e dá uma
chance, dá credito para que ela possa se defender. E talvez você tire algo disso,
ou não. Mas respeito, por si mesmo, e depois pelos outros. Acredito que o
respeito é a coisa mais importante.” Pg.32
Classificação
SEL: 2/5
Comentários
Achei a capa bem diferente e o enredo não chamou muito minha atenção.
Bjos