Título: Os Guadis
No reino das mascaras
Ficção Brasileira
Autor: Rodrigo Barbom
Ilustrações: Jota Novaes
Editora: Schoba
Páginas: 208
Sinopse: Guadis são uma raça que antecede os primeiros índios das Américas. Seres primitivos, ligados à natureza, que vivem em tribos e seguem um estilo hierárquico sob o comando de um chefe tribal – que geralmente é o mais velho ou mais valente entre os guerreiros. Aos poucos vão sendo dominados por uma religião deturpada que almeja destituir seu líder tribal e instituir um governo onde o sumo sacerdote é o líder supremo. Após um plano audacioso e meticulosamente posto em prática pelos sacerdotes, o governo tribal é transformado durante uma noite sangrenta. Três fugitivos: Keni, Menai e Toteni, adolescentes Guadis, encaram o desa_ o de sobreviver na _ oresta, longe de sua tribo destruída. Juntos aprendem que a vida é muito mais complexa do que aquilo que aprenderam, e assim desenvolvem seus corpos, mentes e espíritos em interdependência. Enquanto crescem, assistem ao desabrochar de suas habilidades e de um amor proibido. Junto com a maturidade, vem a necessidade de voltar para ajudar seus antigos amigos e companheiros de tribo. Mas, desta vez, não voltarão apenas três crianças indefesas, mas um guerreiro sagrado, uma feiticeira e um sacerdote Guadi; todos com sede de justiça. Uma estória que representa as fases de nossas vidas e as lutas inerentes a cada uma delas. Um testemunho de que qualquer ser vivo carrega dentro de si o potencial para transformar sua própria realidade.
Resenha: “Os Guadis” de Rodrigo Barbom é um livro
de ficção com uma história mítica valiosa e repleta de detalhes empolgantes e
que ao mesmo tempo intrigam o leitor completamente. Diante de tamanha fantasia,
a narração se destaca por apresentar linhas de raciocínios concretas e
obstinadas, a ponto de confrontar a realidade e decidir o que é essencial em
nossas próprias vidas. O destaque está nas ilustrações feitas por Jota Novais,
que retratam bem o enredo de maneira perspicaz e objetiva.
Seria uma civilização esquecida? Os Guadis (original
de guadi, que significa caçador vermelho) antecederam os primeiros índios que
habitaram a América antes de ser descoberta. De acordo com a descrição, eram
seres astutos e fortes. Sem falar que possuíam maiores habilidades que um ser
humano atual. Também parecem ter sido bem evoluídos e instruídos em suas
próprias culturas, valorizando a tribo que habitavam e a arte em geral.
No começo há ainda um breve resumo sobre a mitologia e
a diversidade da cultura dos Guadis, na verdade sendo apresentados como relatos
história. Vale citar que é preciso prestar atenção nesta parte para adentrar na
trama com um maior conhecimento dos personagens elaborados. Os ambientes são
mostrados com sutileza, destacando as melhores partes com maestria e precisão.
O pequeno Keni era encantador e alegre, viajando em sua própria imaginação
fértil. Ele sempre fora diferente dos outros, não era solitário e ao longo dos
anos adquiriu amizades verdadeiras. Três se destacam: Agor, filho do líder da
tribo, Toteni, amável e perspectivo e Menai, impetuosa que só ela.
Ao longo dos acontecimentos é possível perceber o
amadurecimento de ambos, diante de tantos ensinamentos e estudos diversos. É
muito importante entender o relacionamento dos Guadis e a lealdade que estampa
a amizade de ambos. Se torna perceptível também a maneira agradável como são
decididos, confiantes e dispostos a ajudar diante das dificuldades impostas.
Devido às circunstancias, Agor se distanciou dos
amigos e ainda há um sacerdote – Numior – que se desviou de seus próprios princípios
e agora precisa ser detido antes que leve a tribo a ter um fim. Os três amigos
possuem uma missão relevante pela frente e para isso precisam enfrentar várias
adversidades.
No livro há várias passagens reflexivas, que emocionam
e fazem com que o leitor considere cada tema diante de seu ponto de vista. Há
continuação e este livro é o primeiro de uma trilogia chamada Os Guadis.
“No bosque tudo era mágico. Enquanto corria, o pequeno
Guadi imaginava mundos e aventuras em meio aos feixes de luz que desciam das
copas das árvores.” Pg.27
Classificação
SEL: 4/5
Comentários
Não conhecia seu blog, feliz em visita-lo, adorei.. Beijos
Blog DAMA DE FERRO
xx