Título: Movimento Tropicaliano
E se, um dia o povo se rebelasse?
Ficção Brasileira
Autor: Balduel de Almeida
Editora: Novo Século
Selo: Novos Talentos da Literatura Brasileira
Páginas: 144
Sinopse: O país Tropicália está comemorando os cinquenta anos do “Dia do Basta”, importante revolução, ocorrida no inverno de 2013, que desencadeou uma grande mudança para a população. E, para celebrar, uma das mais importantes figuras históricas foi convidada para uma entrevista no programa de TV do famoso apresentador Zé Eugênio. O Senhor Schimidt é ex-ministro da Justiça e participou ativamente daquela conturbada fase no país. Nesta bem elaborada entrevista, ele relata como o tão sonhado país se transformou após o Movimento Tropicaliano. Uma história fictícia, com nomes e personagens inexistentes, mas repleta de ideais que se confundem, e muito, com os do povo brasileiro.
Resenha: “Movimento Tropicaliano” gira em torno
de um ambiente conflituoso e cheio de dilemas envolvendo o povo e problemas
como a simples questão de liberdade. Claro que juntamente a isto, esta ligado
fatores relacionados a crise de governo e pessoas inconformadas com a atual
situação.
Tropicália se localiza num clima agradável e também é
extensa, com diversas terras, relevos, praias, florestas e afins. Como outros
lugares, apresenta problemas, como secas e chuvas em abundancia. E o principal:
a corrupção atingiu o local com força,
incentivando cada vez mais a revolta, o medo e a confusão por parte da
população em geral.
Todos viveram assim durante muito tempo, até que resolveram
agir para expulsar este mal da nação, para que assim pudessem viver em harmonia e valorizar as riquezas
naturais. Foi um momento certeiro e sentenciou o que de fato é importante.
A revolução peou muita gente de surpresa e conseguiu atingir os objetivos
principais.
O enredo analisa uma entrevista em um programa de TV
do famoso apresentador Zé Eugênio, realizada com o Sr. Bezerra Natal Schimidt,
ex-ministro da justiça do Governo Tropicaliano do ex-presidente Paullo Sena. A
ocasião revela fatos realistas e concretos acerca o “Dia do Basta” e é uma comemoração aos 50 anos passados desde o
movimento.
Este senhor já se encontra com 73 anos de idade, mas
foi responsável por muitas realizações, assim como escreveu livros políticos e
é ainda considerado um herói para a nação. Os capítulos são bem pequenos e o autor
conseguiu analisar o sofrimento, enganos, preconceitos e os vários contextos importantes de nossa própria
sociedade, mesmo ressaltando que tudo não passe de ficção.
Também há citações sobre cotas para negros, a formação
de partidos e surgimento de lideranças, bem como discursos memoráveis. O reconhecimento
nas palavras gera um retorno positivo para com os leitores, incrementando as
idealizações e verificando as semelhanças e abusos de poder.
Os títulos dos
capítulos são sugestivos e garantem reflexões longas e severas. São palavras
inteligentes sobre a ética, o respeito e principalmente sobre as transformações
no país. A base principal é que apesar de todas as descrições, apenas o leitor
conseguirá tirar a conclusão necessário sobre este assunto tão complicado e
devastador.
Confesso que o tema não é muito de meu interesse, mas
o que mais chama a atenção é o modo como Balduel de Almeida expõe a narrativa: sendo concisa e única. Outro
ponto positivo e que merece destaque é como algum fator citado que poderia ser
irrelevante tomou proporções maiores, para que assim gerasse discussões
críticas.
“Schimidt é um homem cansado, mas orgulhoso por ter
vivido entre os heróis. Alguns conhecidos, outros não. Alguns verdadeiramente
têm dedicado sua vida a causa, até hoje; outros deram sua vida pela causa e
repousam no mausoléu dos ‘Grande da nação’. Eu vivi bons anos da minha vida.”
Pg.15
Classificação SEL: 4/5
Comentários
Beijos.
http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/
bjs.