Título: Sentimento Fatal
Ficção Brasileira
Autor: Janethe Fontes
Editora: Dracaena
Páginas: 350
Sinopse: Por amor se mata? O amor destrói? E o ciúme, pode ou não ser controlado? Sentimento Fatal levará você a pensar nessas questões e rever seus conceitos... todos os seus conceitos em relação ao amor. "Dividida entre a paixão avassaladora do marido Roberto, que tem um ciúme doentio, e o grande amor de infância de Daniel, que ela torna a encontrar dez anos depois, Adriana Diniz Martinez terá de vencer o medo e reencontrar a si mesma... Lutar pela própria integridade e também pela filha Letícia, pela qual é capaz de tudo, sobretudo suportar a violência do marido, sobretudo suportar a própria infelicidade." Com uma narrativa surpreendente, combinada a ingredientes como drama, aventura, sedução e suspense, e tendo ainda como pano de fundo a violência doméstica, a autora faz com que o leitor tenha de prender o fôlego para acompanhar este romance que, em cada novo capítulo, nos revela uma dura realidade que, lamentavelmente, atinge milhões de mulheres em todo o mundo... Nos faz descobrir ainda que o amor pode ser tranquilo e seguro, mas também agitado e extremamente perigoso.
Confira outros
títulos da autora:
Doce
Perseguição (resenha)
Vítimas do
silêncio (resenha)
Resenha: “Sentimento Fatal” explora emoções
intensas e problemas graves em um relacionamento. Janethe Fontes, assim como
nos outros livros anteriores que li da autora, consegue demonstrar a
intensidade das ações de pessoas descontroladas e do desespero de quem sofre
qualquer tipo de abuso. São momentos de descrença e dor, retratadas de forma
realista e sólida.
Adriana Diniz é casada com Roberto
Aguiar, um homem possessivo e repleto de ciúmes. Aos poucos ele começa mudar
suas atitudes e demonstra ser uma pessoa muito violenta e sabe amedrontar a
esposa nas medidas certas. Claro que ela poderia pedir a separação, mas como
eles tem uma filha de cinco anos, ela teme se separar dela.
E assim, Letícia,
mesmo sendo uma menina pequena, é esperta o suficiente para entender algumas
crises e também sofre com a situação que presencia dentro de casa. A
protagonista sabe que já foi mais corajosa e ousada, e de que infelizmente não
tem condição de se sentir segura.
Seu marido mantinha o pensamento de que a mulher deve
ficar em casa e não ir trabalhar e estudar. Inconformado, tentou brigar o
máximo que pôde, mas pelo menos Adriana
conseguiu resistir e seguiu firme com seus objetivos. Na faculdade, ela se
depara com seu professor, Daniel Diniz Pacheco, que também é seu primo que não
vê há bastante tempo.
Seria destino?! Os dois foram criados praticamente juntos,
sempre foram amigos e houve um tempo em que ambos nutriam sentimentos
inexplicáveis. Até que o tempo decidiu separá-los... As memórias intercaladas
na narrativa incentivam o leitor à continuar a leitura e explica muitas
passagens relevantes.
Daniel também tem um filho chamado Felipe e foi uma
enorme surpresa para os dois assim que se reencontraram. A trama analisa pontos importantes sobre agressão, sofrimento e
receios. Apesar de saber que sente algo por Daniel, Adriana não consegue
determinar qual o caminho certo a seguir.
Roberto é um homem desprezível, nervoso e inseguro.
Talvez por isso tenha tanto cuidado com seu corpo, fazendo malhação constante e
tendo pensamentos desesperadores. Era algo que não conseguia controlar e se
torna cada vez mais incompreensível, perdendo até a credibilidade para as
pessoas ao seu redor. Quem não conhece
um caso assim, seja através das notícias ou mais próximo?! É um tema muito
complicado e que induz a várias reflexões e momentos revoltantes.
“Oscilando entre o ódio e a amargura pela própria
inércia, Adriana atirava cabides sobre a cama, enquanto procurava uma blusa que
pudesse esconder as manchas arroxeadas estampadas em seus braços e em seu
pescoço. Em pleno verão, seria obrigada a usar uma blusa de mangas compridas e
gola alta para esconder as marcas de um amor doente...” Pg.55
Classificação
SEL: 4/5
Comentários
este ai traz uma trama bem comum nos dias de hoje né.
é difícil imaginar que ainda existam homens hoje que não permitam que suas esposas trabalhem, mas eu conheço muitos assim...
Bjs, Rose.