Resenha: O lado mais sombrio - A. G. Howard @Novo_Conceito

Informações do livro:

Título: O lado mais sombrio

Splintered - Livro 01

Título original: Splintered - Splintered #1

Autor: A. G. Howard

Editora: Novo Conceito

Páginas: 368

SKOOB | GOODREADS 

Sinopse: Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas. Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer. Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb –, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas. Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...

Resenha: “O lado mais sombrio”, de A. G. Howard, apresenta uma história que gera diversas expectativas, a começar pela sinopse que redireciona o leitor a querer decifrar quais fantasias serão reveladas na trama. As fantasias ao longo dos acontecimentos causam emoções diferenciadas, e o leitor tende a ficar confuso diante de tanta coisa e surpreso com as maravilhosas do ambiente retratado.

Alyssa Gardner é uma personagem totalmente seletiva, ousada e distinta. Tem umas manias estranhas e até meio insanas, como o fato obsessivo de colecionar insetos. Chamava a atenção de muita gente, principalmente por que Alice Liddel era sua tataravó. E foi justamente sua tataravó que inspirou Lewis Caroll a escrever Alice no País das Maravilhas. Empolgante né?!

Claro que muita gente implica com Alyssa por causa deste fato (e esse não é, nem de longe, o seu maior problema) e ela própria sabe que tem algo esperando para surgir em si mesmo e ao seu redor, que é só questão de tempo. Fora o fato de poder escutar insetos e plantas, motivo pelo qual tenta silenciá-los sempre que pode.

Sua avó e mãe possuem históricos complicados, levando em consideração cada atitude, gesto dramático e enlouquecedor. Assim, diante de tantos sonhos (ou seriam pesadelos?!), assombros e pensamentos desconexos, a menina se vê sem situações conturbadas e misteriosas.

Jebediah Holt, ou simplesmente Jeb se destaca também, com seu incrível senso de oportunidades e proteção. Ainda assim parece ser meio indiscreto em diversos momentos. Outros personagens entram em cena para incrementar ainda mais os acontecimentos e todos parecem meio loucos e até surreais. Fadas, duendes, lagartas e muitos outros seres fazem parte desta caminhada. Há ainda Morfeu, que possui uma personalidade centrada e também vai mexer com os sentimentos da protagonista.

Mesmo que os fatos sejam baseados na história de Lewis Carol, a autora conseguiu fazer distinções abrangentes e únicas, valorizando ocasiões inovadoras e criteriosas. Há uma maldição que envolve essa família e muitas passagens imprevistas surgem para causar relutância, temor e agitação. Ela precisa voltar ao País das Maravilhas para tentar concertar os erros de Alice e/ou pelo menos intervir em algumas escolhas arriscadas dela.

Muitas aventuras se fazem presentes no decorrer do enredo, valorizando cenas intensas e os personagens complexos e ousados. O interessante é que o desfecho é agradável e responde a todas as perguntas que ficaram pendentes.

“Logo atrás, o relógio do coelho branco faz tique-taque cada vez mais alto, mais do que os passos da marcha de mil soldados de cartas de baralho. Engasgo com uma nuvem de poeira e me lanço na toca da Lagarta, de onde brotam cogumelos do tamanho de pneus de caminhão. Não há saída.” Pg.13

Classificação SEL: 4/5