Título: O último passageiro
Título original: El último pasajero
Autor: Manel Loureiro
Editora: Planeta
Páginas: 384
Sinopse: Agosto de 1939. Um enorme transatlântico chamado Valkirie aparece vazio e à deriva no Oceano Atlântico. Um velho navio cargueiro o encontra e decide rebocá-lo até o porto, mas não sem antes descobrir que nele há um bebê de poucos meses... e algo mais que ninguém é capaz de identificar. Por volta de setenta anos depois, um estranho homem de negócios decide restaurar o misterioso transatlântico e repetir, passo a passo, a última viagem do Valkirie. A bordo, presa em uma realidade angustiante, a jornalista Kate Kilroy busca uma boa história para contar. Mas acabará descobrindo que somente sua inteligência e sua capacidade de amar podem evitar que o transatlântico pague novamente um preço sinistro durante o percurso. Inquietante. Enigmático. Viciante. Bem-vindo ao Valkirie. Você não poderá desembarcar… mesmo se quiser.
Resenha: “O último passageiro” é um livro que
parece despretensioso no início, mas acabei me surpreendendo com a narrativa
forte e uma ambientação característica, intrincada e um tanto assustadora. As
cenas são expostas de diferentes formas e é muito fácil absorver cada
movimento, atitude ou expressão. O que mais impera na história é a enigmática
do problema que se torna reveladora a cada página virada.
Me senti presa neste enredo instigante e alinhado. Não
sabia o que pensar sobre os fatos apresentados e mesmo pensando sobre os
objetivos, algumas passagens previsíveis
e certas verdades citados ao longo dos acontecimentos, somente o desfecho se
torna o responsável por todas as respostas e enfim soluções.
O transatlântico
Valkirie fora encontrado por Pass of Ballaster, um navio cargueiro no
ano de 1939, diante de uma névoa irregular. Sob um momento tenebroso, havia
apenas um bebê a bordo e mais nada. Foi um caso bem penetrante, mas não
repercutiu o suficiente para iniciar uma investigação, mesmo que tenha aguçado
a curiosidade de muita gente. Os diversos questionamentos giram em torno das
dúvidas e do medo inquietante. O que poderia ter acontecido naquele navio? E
quem era o bebê?
Não havia
evidências do que poderia ter ocorrido, por isso tentava-se descobrir esse enigma.
Consequentemente, algumas mudanças e passagens estranhas se fazem visíveis ao
redor desse local, como por exemplo: o frio inexplicável, o silencio opressivo,
uma voz assustadora e a sensação de ser observado.
Nos dias atuais, conhecemos Kate Kilroy, uma jornalista que demonstra ser uma pessoa muito determinada,
corajosa e ousada. Ela passou por um momento triste, mas aos poucos consegue
ser mais irreverente e alegre, dependendo da ocasião. Foi designada para cobrir
uma reportagem cheia de significados e extremamente importante para a história.
A moça aceitou na hora, já que precisava ocupar seus pensamentos nostálgicos
com alguma coisa.
Issac Felman está obcecado
com esta história e Kate precisa descobrir os reais interesses dele com
Valkirie. Outros personagens aparecem durante as investigações e se revelam tão
importantes quanto as várias surpresas temíveis do navio.
O autor relata muitos dados sobre o navio
incompreensível, mas o destaque está no jeito como tudo parece se encaixar,
mesmo que pareça o contrário. A trama é fascinante e repleta de sinais intimidantes,
desaparecimentos, insinuações e tensão.
“A situação
era desconcertante. Aquele navio estava totalmente parado, com todas as luzes
apagadas e sem que ninguém a bordo desse sinal de vida. Não fazia sentido.”
Pg.21
Classificação
SEL: 4/5
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