Título: O Assassino relutante
P.RA.T.A #1
Título original: The Reluctant
Assassin (W.A.R.P. #1)
Autor: Eoin Colfer
Editora: Galera Record
Páginas: 352
Sinopse: Chevie, 16 anos, era agente mirim do FBI até esse programa sair um pouco do controle. Trabalhando agora para Programa de Relocação de Testemunhas Anônimas, enquanto a poeira do seu fracasso abaixa, ela acha que tudo o que precisa fazer é ficar de olho o dia todo numa máquina do tempo esquisita. Mas tédio é o que menos ela consegue quando, junto ao infeliz Riley, precisa fugir de um assassino em série da era vitoriana que os persegue através das épocas.
Resenha: “O
Assassino relutante” apresenta uma história repleta de ameaças, momentos
conflitantes e personagens extremamente carismáticos. A premissa se torna bem
mais instigante na medida em que a aventura se desenrola, cheia de ação,
conspirações e expectativas. Os diálogos também se evidenciam, já que são
carregados de muitas desordens e escolhas decisivas.
Chevron Savano tem dezesseis anos e é bem inteligente e ágil, mesmo diante de alguns
contratempos inusitados. Está em Londres e trabalha para o FBI, mais
especificamente no Programa de Relocação de Testemunhas Anônimas – P.R.A.T.A. Mas
depois que certas situações não tiveram o planejamento inesperado, Chevie não se sente muito bem diante de sua nova situação.
Ambientada em Londres, a história é
alternada entre o passado e na atualidade. Esse é um dos destaques essenciais
da trama fantasiosa e dinâmica. Dá mais credibilidade diante dos fatos
apresentados, além de revelar episódios expressivos e ainda mais
surpreendentes. Além disso a narrativa também explora a era vitoriana com
muitos detalhes especiais.
O leitor é apresentado a Riley no ano de 1898, quando ainda era
um garoto temeroso e cheio de conflitos loucos. Este estava junto com Albert
Garrick, um ilusionista que também era contratado para tirar vidas. O jovem
estava sendo testado e precisava fazer seu primeiro assassinato. O garoto sabia
dos riscos que corria, mas sabia que precisava investir em algo sólido para
poder crescer.
Mas é claro que Riley não conseguiu
cumprir o esperado e nesse instante algo muito estranho que o faz ser
transportado para o futuro. O problema é que Chevie encontra Riley e agora
precisa ajuda-lo a escapar do assassino, que está cada vez mais intrigado com
toda essa magia. Assim, este se torna cada vez mais obsessivo e perigoso.
Todos os personagens são
interessantes, cada um a sua maneira, mas Garrick se sobressai diante de tantas
loucuras e de um caráter muito duvidoso. Seus pensamentos se acumulam e chega
um momento que parece que até ele não consegue decidir qual caminho seguir. De alguma
forma, ele consegue ser um vilão mais realista no meio de tantos devaneios. Já Chevie
é mais espirituosa, enquanto Riley consegue se situar bem nas cenas e também
consegue ser mais esperto.
De qualquer forma, a trama é muito
engenhosa e a exploração da viajem no tempo, junto com o programa de relocação
são muito bem colocados diante de questões significativas e marcantes. Algumas
partes são um tanto previsíveis, mas o desfecho é bem colocado, e expressa com
clareza todas as decisões importantes.
“Chevron Savanno jamais havia se
importado particularmente com a parábola do filho pródigo. Na verdade, poderia
se dizer que ela odiava essa história especifica e precisava trincar os dentes
sempre que alguém a usava como lição de moral.” Pg.19
Classificação SEL: 4/5
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