Título: Onde deixarei meu coração
Uma comovente história sobre amor,
perda e identidade
Título original: Nobody's Girl
Autor: Sarra Manning
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Sinopse: Simples, careta e sem graça. É assim que Bea se vê. Então quando a super descolada Ruby e seu bando de populares passam a se interessar por sua opinião, isso só pode ser uma pegadinha. Certo? Pelo menos é assim que sempre acontece nos filmes... Mas o convite para passarem as férias em Málaga parece pra valer. E com um bônus: Bea pode se afastar da mãe irritante e controladora. No entanto, depois de apenas 48 horas na Espanha, Bea se flagra mudando o itinerário. A menina decide visitar Paris para encontrar o pai que nunca conheceu. Afinal, a cidade luz pode emprestar um pouco de clareza a um período nebuloso de sua vida familiar. No caminho, ela conhece Toph, um estudante americano mochilando pela Europa. Enquanto procuram pelo pai dela nos cafés e boulevards de Paris, ela perde a cabeça em vez disso. Será que Bea é a garota de Toph ou a boa menina que sua mãe espera que ela seja? Ou será esse o verão mágico em que Bea finalmente torna-se dona do próprio nariz?
Resenha:
“Onde deixarei meu coração”
apresenta uma história leve, divertida e repleta de emoções contraditórias. A
autora Sarra Manning tem uma narrativa incrível e ousada, e é muito fácil se
conectar com a trama e os dilemas envolvidos com seus personagens. Isso porque
tudo parece muito realista, fazendo com que o leitor consiga se encaixar em
alguma parte ou perceber algum tipo de identificação nas cenas.
A protagonista Bea se define como uma
pessoa extremamente normal, tímida e na maioria das vezes, chata, além de
tantas outras caracterizações feitas por ela mesma. Claro que é por isso que
demonstra ser tão insegura e não percebe que só quem pode mudar a situação é
ela mesma. Confesso que dá até uma irritação diante de sua negatividade, mas ao
mesmo tempo é gratificante notar todas as suas transformações ao longo dos
acontecimentos.
Não tem nada na vida de Bea que a
deixe empolgada, muito menos seu trabalho aos sábados. Por outro lado fica
surpresa quando Ruby, Ayesha, Chloe e Emma conversam com ela e fazem um convite
muito inesperado. Nesse tempo a menina começa a se questionar bastante se deve
ou não viajar com as garotas ou se deve fazer algo mais arriscado, como viajar
a Paris para encontrar seu pai.
E é por causa das desconfianças e desses
pensamentos conflituosos que a aventura começa, já que ela decide se aventurar
um pouquinho mais que o planejado. Pensei que haveria mais hesitação no enredo,
mas até que as coisas fluem com uma facilidade contagiante. Ai ela começa a se
destacar por sua coragem, afinal eu não sei se teria força suficiente para aguentar
tanta pressão. Sem contar que sou bem medrosa para enfrentar uma viagem dessa
forma, como todas as suas inseguranças.
Mas como seria legal vivenciar uma experiência
dessas, cheia de conexões e anseios diversos. E sabe o que é melhor? Bea
encontra um grupo de mochileiros e isso inclui o carismático Toph, que começa a
compartilhar vários momentos ao seu lado. O romance se mostra ainda mais
interessante, visto que a ambientação ajuda bastante, além das descrições mágicas,
sutis e intrigantes.
É um livro que trabalha bastante com o
universo dos adolescentes, bem como descobertas e impressões de novas
realidades. Assim, a narrativa se destaca justamente pelos momentos cativantes
e reviravoltas fantásticas. Acabei me surpreendendo bastante com essa leitura e
ao final só nos deixa com um pequeno desejo de fazer uma viagem e ter recordações
boas que nem a Bea!
“Não havia nada que nenhuma das duas
pudesse dizer para fazer eu me sentir pior. Porque eu não tinha uma vida, eu
era monótona. Tudo a meu respeito era sem graça.” Pg.17
Classificação SEL: 4/5
Comentários
a primeira coisa que me chamou a atenção neste livro foi a capa, fofa demais, que dá vontade de comprar só por isso já hahaha
mas a trama parece ser ótima. gosto quando a história envolve essas coisas de viagens e tal *-*
preciso ler logo ;~~