Título: Futilidade ou o naufrágio do
Titan
Coleção: O melhor de cada tempo
Título
original: Futility or the Wreck of the Titan
Autor: Morgan Robertson
Editora: Vermelho Marinho
Páginas: 112
Sinopse: Futilidade ou O Naufrágio do Titan conta como o maior navio do mundo naufragou, em sua primeira viagem, após bater em um iceberg, exatamente, como viria a acontecer com o malfadado Titanic. Quem poderia imaginar que uma novela do final do século XIX se tornaria célebre por ter praticamente previsto o maior acidente náutico de todos os tempos? Mais do que o livro que profeticamente previu o naufrágio do Titanic, Futilidade é a história de John Rowland, um ateu convicto que embarca como marinheiro no navio, e Myra Selfridge, uma jovem cristã que foi o grande amor de sua vida. Os problemas só aumentam quando um capitão trapaceiro tenta colocar tudo a perder. Myra e Rowland encarnam, assim, os conflitos científicos e religiosos da virada do século, quando a ciência, mais do que nunca, se sobrepôs à religião. Ao leitor, resta a dúvida: teria sido coincidência ou providência?
Resenha: “Futilidade
ou o Naufrágio do Titan” é um livro que chama a atenção justamente por ter
tanta representatividade diante de fatos conhecidos e outros temas
interessantes. Confesso que ao ler a sinopse esperava que a trama tivesse foco
em apenas um aspecto, mas me surpreendi bastante ao perceber que o autor Morgan
Robertson consegue fazer conexões incríveis com os personagens retratados e a
própria ambientação.
Eu realmente não conhecia a história
por trás desse livro e fiquei empolgada ao pesquisar tantas informações sobre
tal. A obra foi publicada inicialmente no ano de 1898 e basicamente narra o que
aconteceria anos depois, na tragédia do naufrágio do Titanic, salvo apenas
alguns detalhes. De qualquer forma, quem viu o filme percebe nas entrelinhas
várias ocasiões muito parecidas, assim como várias descrições.
John Rowland e Myra Selfridge são os
personagens principais e ambos apresentam situações cheias de dramas e
sentimentos. Ele é ateu, alcoólatra, trabalha como marinheiro no navio depois
de passar por várias atribulações, e fica visível o quanto é questionador. E
ela parece ser o oposto dele, é muito apegada na religião e se mostra uma pessoa
bem fiel aos seus princípios.
Os dois já se relacionaram e pareciam
estar muito apaixonados, mas é claro que surgiram problemas que se tornaram
responsáveis pela separação. Então, surge a oportunidade de um reencontro entre
eles, já que Myra embarca no Titan, mesmo transatlântico em que ele se
encontra. As ocasiões não são as melhores, sendo que agora ela se encontra
comprometida e até tem uma filha.
O navio acaba afundando por causa de
um iceberg, mas John consegue sobreviver e na sequencia, há uma longa batalha
para tentar se manter vivo, assim como a filha de Myra, ao qual ele acaba
resgatando. De fato, existem muitas reflexões ao longo das cenas sobre
mentiras, dramas, consequências e violações da época. O desfecho foi bem
convincente e ainda mais emocionante, levando em consideração tudo que já havia
passado e o que poderia mudar na vida dos personagens.
Infelizmente é um livro com poucas
páginas, e no final dá uma vontade enorme de ler mais sobre o autor e suas outras
obras. Por falar nisso, esta nova edição da Editora Vermelho Marinho também está maravilhosa, e o bom é que
condiz bastante com o clássico, sua narração e peculiaridades curiosas.
“Era o mais largo navio já criado, e o
mais estupendo dentre os trabalhos do homem. Em sua construção e manutenção,
estavam envolvidos cada cientista, profissional e comerciante conhecidos pela
humanidade.” Pg.07
Classificação SEL: 4/5
Comentários
uma pena mesmo ter tão poucas páginas...
ele não tem nenhuma outra continuação?? ;~~
vou procurá-lo! :D