Título: Prisioneiros do inverno
Alguns segredos nunca morrem
Título original:
The winter people
Autor: Jennifer McMahon
Editora: Record
Páginas: 350
Sinopse: Muitos acreditam que a pequena cidade de West Hall seja mal-assombrada. Ao longo de sua história, vários casos de pessoas desaparecidas foram registrados na região mistérios nunca desvendados. Alguns moradores inclusive juram que o espírito de Sara Harrison Shea, encontrada morta em 1908, ainda vague pelas ruas à noite. A jovem Ruthie acredita que tudo não passa de uma grande bobagem. Porém, quando sua mãe desaparece sem deixar vestígios, ela começa a desconfiar de que aquela região guarda algum mistério, e suas suspeitas são reforçadas quando ela e a irmã encontram uma cópia do diário de Sara escondido em casa. Na busca pela mãe, Ruthie encontra respostas perturbadoras, e ela pode ser a única pessoa capaz de evitar que um grande mal aconteça.
Resenha:
“Prisioneiros do inverno” apresenta uma história de suspense
fantástica, instigante e reveladora sobre superstições, mitos, desespero e
segredos, entre tantas outras categorias. O que torna a trama mais cativante é
o fato de os detalhes serem muito bem reproduzidos, tornando a narrativa mais
perceptiva e emocionante.
West Hall é uma pequena cidade que é
carregada por vários mistérios sobrenaturais inexplicáveis, envolvendo
desaparecimentos e mortes estranhas. Algumas pessoas fingem não se importar,
mas é claro que sempre há aquelas que fazem de tudo para descobrir a verdade
por trás desses ocorridos. As pessoas tentam acreditar no que parece ser mais
convincente e menos sombrio, mas ainda assim existe uma lenda local que ainda
deixa muitas dúvidas.
Então o leitor é apresentado ao diário
secreto de Sara Harrison Shea, e tudo se mostra ainda mais enigmático. A
sensação que tive ao longo da leitura é que os trechos desse diário foram
acrescentados para serem mais marcantes que os próprios personagens. Isso
porque ele revela muitas respostas aos questionamentos e aponta para dicas
surreais e temerosas.
Sara foi assassinada em 1908 e desde
então surgem muitos boatos sobre ela. Agora, a protagonista Ruthie se mostra
bem cética diante dos comentários, apesar de que seus pensamentos mudam rápido
após o desaparecimento da mãe. Agora ela e sua irmã Fawn precisam reunir toda
coragem e força para desvendar este caso.
Infelizmente não há tantas opções para
elas, isso porque não é fácil conviver em um local onde não há credibilidade
nos reforços policiais e nem nos próprios moradores, visto que há tantas lendas
ao redor deles. Mas num modo geral, o ponto alto deste enredo são os pequenos e
significativos paralelos ao longo das cenas, que felizmente acabam se
conectando no desfecho.
De qualquer forma, a relação profunda
com os mortos é trabalhada sobre uma pressão intensa e definições
impressionantes e por vezes até assustadoras. Os mortos podem voltar por um
curto espaço de tempo?! O que são dormentes e quais os perigos que representam?
Por esse ponto de vista e de acordo com tantas outras perguntas, o texto
explora várias possibilidades e não tem como não pensar nas mensagens e em questões
sobre perdas e reencontros rápidos.
“Abracei essa oportunidade assim que
percebi que a história contada nessas páginas poderia mudar todas as nossas
ideias sobre a vida e a morte.” Pg.09
Classificação SEL: 4/5
Comentários
mas esta não parece ser tããão assustadora assim :P
não conhecia nem o livro nem a autora, mas fiquei curiosa!
É um suspense que não lhe dá susto, mas deixa ansioso para saber o que vai acontecer na página seguinte. O clima frio e sombrio do local onde se desenrola a trama é facilmente sentido pelo leitor. Muito difícil não se envolver com a história.
Parabéns pela resenha.