Resenha: Um milhão de quilômetros em mil anos - Donald Miller @GarimpoEditora

Informações do livro:
Título: Um milhão de quilômetros em mil anos
O que aprendi enquanto editava a minha vida
Biografia
Título original: A Million Miles in a Thousand Years.
What I Learned While Editing My Life
Autor: Donald Miller
Garimpo Editorial
Páginas: 272




Sinopse: O que você faria se pudesse mudar o roteiro de sua vida? Depois de escrever uma autobiografia de sucesso, a vida de Donald Miller estagnou. De repente, ele perdeu até a vontade de sair da cama. Evitava responsabilidades e questionava o sentido da vida. Contudo, quando dois produtores de cinema propuseram transformar sua biografia em um filme, Miller viu ali o início de uma nova história cheia de riscos, possibilidades, beleza e significado. Um milhão de quilômetros em mil anos é a crônica dessa oportunidade singular de reinventar a própria jornada, de poder atuar como um diretor de cinema no roteiro da própria vida.




Resenha: Pode até parecer um pouco estranho quando alguém escreve sobre si mesmo, mas por outro lado existem muitos pontos positivos a serem retratados E talvez por isso tenha ficado tão receosa na leitura de “Um milhão de quilômetros em mil anos”, de Donald Miller. Por vezes, me senti confusa – e ainda mais agitada por dentro – com algumas relações honestas de sentimentos, diante de tantas explanações, mas preciso afirmar que esta obra foi uma bela surpresa.

Não estou muito acostumada a ler biografias, mas é claro que isso não quer dizer que eu não goste desse gênero. Nesse caso, foi muito divertido e interessante entender e acompanhar tantas reviravoltas, oportunidades marcantes e ocasiões sugestivas. Já nos agradecimentos da obra é possível perceber o quanto há emoção e trabalho envolvidos neste enredo, e é justamente isso que o torna tão envolvente e reflexivo.

Será que é errado dizer que é praticamente um livro de autoajuda também? Porque tive essa impressão em várias passagens, e claro que isso é um fator bem relevante, levando em consideração todos os aspectos tratados ao longo dos acontecimentos.  O que quero mesmo dizer é que fica bem mais fácil se identificar com o texto e se relacionar com as cenas.

O livro é dividido em partes e cada uma explora períodos e casos relevantes do autor, como por exemplo, a forma como ele observa sua profissão e qual o sentido para ele. De fato, também faz considerações sobre como escrever uma história que seja marcante e objetiva. Como diz o título de um certo capítulo: “Grandes histórias têm cenas memoráveis.” Ou seja, são retratadas épocas repletas de lembranças e seus valores. É possível reconhecer ocorrências relacionados a família, amigos e trabalho, entre outros.

Outra coisa que me chamou a atenção foi que o autor conversa com o leitor de uma maneira bem dinâmica e o convida a repensar sobre suas atitudes. Ele também fala sobre as mudanças que devem ser priorizadas, para que as coisas possam melhorar ou ter novos significados. Em um de seus devaneios, fala: “Eu só espero ter algo interessante para contar.” E realmente ele tem muita coisa para compartilhar, e é muito bom ler essas descrições emocionantes!



“O MAIS TRISTE COM RELAÇÃO à vida é não se lembrar de metade dela. Não se lembrar nem de metade da metade dela. Não se lembrar nem mesmo de uma ínfima porcentagem, se quiser saber a verdade. Tenho um amigo chamado Bob que escreve tudo o que lembra. Se lembrar que deixou cair um sorvete de casquinha no colo quando tinha sete anos, ele vai escrever isso. A última vez que conversei com Bob, ele tinha escrito mais de quinhentas páginas de memórias. Ele é o único cara que conheço que se lembra de sua vida. Ele disse que capta lembranças porque, se esquecê-las, é como se não tivessem acontecido, como se ele não tivesse vivido as partes que não lembra.” Pg.17


                                                

Classificação SEL: 4/5

Comentários

Rayme disse…
não sei se tem alguma coisa a ver, mas na minha cabeça acho que esta obra será mais ou menos igual aos livros do Nick Vujicik, será?
parece ser uma história interessante, mas não é muito o meu estilo de leitura... meio estilo autoajuda, sei lá ;x