Resenha: Uma chance para recomeçar - Lisa Kleypas @Novo_Conceito

Informações do livro:
Título: Uma chance para recomeçar
Título original: Christmas Eve at Friday Harbor 
(Friday Harbor #1)
Autor: Lisa Kleypas
Editora: Novo Conceito
Páginas: 176




Sinopse: Victoria morreu em um trágico acidente, deixando sua filha Holly sob a responsabilidade do seu irmão, o solteiro convicto Mark. O tio Mark não se sentia muito preparado para cuidar da menina, mas assumiu o compromisso de devolver o sorriso aos seus lábios. No entanto, ele desconfia de que não esteja fazendo um bom trabalho, uma vez que Holly nunca mais falou desde que ficou órfã. Uma cartinha para o Papai Noel revela um desejo que pode ser a chave da felicidade de Holly: ela só quer ter uma mãe. Maggie perdeu o marido em uma batalha contra o câncer e não quer jamais - passar por tudo isso de novo. Por isso, ela fechou seu coração e prometeu a si mesma dedicar-se somente a sua nova loja de brinquedos em Friday Harbor, que permite às crianças viajar um pouco nas asas da imaginação. A amizade entre Maggie e Holly (que até passou a acreditar em fadas!) ao mesmo tempo comove e preocupa o tio Mark. Ele tem certeza de que a nova amiga fará bem a sua sobrinha, mas precisa decidir se a deixará entrar em sua própria vida... Nós também torcemos, do fundo do coração, para que Holly tenha uma linda noite de Natal.

                                                                    


Resenha: Uma chance para recomeçar” é aquele tipo de livro que a gente suspira diante das cenas românticas, torce pelos encontros e se emociona com a felicidade dos personagens. Lisa Kleypas tem o dom de escrever romances carismáticos, sentimentais, esperançosos e sutis, e claro que esse não poderia ser diferente. Ainda mais que o clima gira em torno do natal, com tantos desejos e recomeços a serem descobertos.

Mark Nolan não esperava que tantas coisas mudassem de uma hora para outra. Sua irmã Victoria morreu e deixou Holly, a filha de seis anos sob sua responsabilidade. A origem do pai não era conhecida, por isso havia uma preocupação maior para com a menina. O choque se tornou maior, principalmente por causa da perda, mas claro que havia um enorme acréscimo em sua vida, mesmo que ele não soubesse como reagir no começo.

Holly é adorável, porém não fala nada desde a perda da mãe. O tio não tem ideia de como pode resolver esse caso, ainda mais porque é inexperiente com crianças e tem certos pensamentos negativos sobre relacionamentos e afins. Independente de tudo, o que chama a atenção é que Mark abre mão de seus planos para cuidar da sobrinha e isso é uma grande atitude de valorização, respeito, e dedicação.

Maggie Collins entra em cena para motivar ainda mais os acontecimentos, além de representar uma outra fase de alterações positivas nos dias de Mark. O interessante sobre esta personagem é que, mesmo com seu emocional devastada, ainda consegue repassar fé para as pessoas ao seu redor. É persistente e não abre mão de encontrar uma nova chance para a felicidade.

Ainda há a exploração do convívio com a família em situações complicadas e até em ocasiões mais tranquilas. Mark tem mais dois irmãos – Sam e Alex, e eles até se parecem bastante, apesar de todas as controvérsias. O fato é que a autora soube elaborar com clareza todos as passagens relevantes, principalmente para repassar as mensagens deixadas nas entrelinhas do texto.

O enredo é muito reconfortante, descritivo e ao mesmo tempo sutil. Trabalha bastante com sentimentos de perda, recomeços, mudanças, comprometimentos, família e confiança. O livro é curto, mas o destaque segue por conta da narração, sendo que apresenta todos os fatos sem que as cenas pareçam corriqueiras demais. É realmente um conto emocionante, e perceber como tudo se encaixa aos poucos se torna extremamente gratificante quando a leitura é envolvente para o leitor.


“Até a morte da irmã, Mark Nolan havia tratado a sobrinha Holly com a afeição despreocupada de um tio solteiro. Ele a via em eventuais reuniões nos feriados e nunca deixara de lhe comprar um presente no aniversário e no Natal. Em geral, vale-presentes. Aquele havia sido o limite das suas interações com Holly, e fora o suficiente.” Pg.09


Classificação SEL: 4/5

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