Título: Insana
Meu mês de loucura
Título
original: Brain on Fire: My Month of Madness
Autor: Susannah Cahalan
Editora: Belas Letras
Páginas:300
Sinopse: Uma jovem jornalista com uma carreira promissora em Nova York se vê aprisionada em sua própria insanidade com uma doença que nenhum médico consegue diagnosticar. A rotina no jornal onde ela trabalha é substituída por inexplicáveis alucinações, surtos e ataques de paranoia – os mesmos sinais atribuídos a casos de possessão. Poderia se tratar de um episódio de House, mas é a história de SusannahCahalan, que escreve com impressionante riqueza de detalhes o período de terror em que se transforma em desconhecida para si mesma e seus familiares. Sem poder contar com a memória para escrever sua reportagem mais difícil, Susannah recorre aos próprios rascunhos do período em que esteve doente, além de relatos de médicos, familiares, namorado e documentos para construir um drama psicológico sobre os caminhos misteriosos e assustadores do nosso próprio cérebro.
Resenha: Resenha: “Insana:
meu mês de loucura”, publicado pela Editora Belas Letras, é um drama
psicológico, que expõe algumas passagens da vida de Susannah Cahalan, autora
deste livro e também jornalista. A trajetória envolve os primeiros traços de
alucinações e surtos, assim como aborda o jeito como ela e as pessoas ao seu
redor lidaram com suas crises. Dessa forma, a família, namorado, e outros
envolvidos também se destacam bastante no enredo, sendo que eles percebem
claramente a mudança de personalidade e temperamento de Susannah.
O livro se divide em três partes –
Parte um: louca, parte dois: o relógio, parte três: em busca do tempo perdido –
e em cada uma delas é possível conferir um desenvolvimento das características
mais especificadas, seja por conta da doença, dos episódios de transtornos ou
das transformações em busca de melhorias.
Além disso, também há o prefácio, agradecimentos, notas e informações
sobre a autora.
Susannah demonstra ser alguém
extremamente preocupada, seja por causas sérias ou por detalhes mais banais.
Talvez esse seja o principio de suas paranóias, inquietações e demais loucuras
ao longo dessa experiência desagradável. Claro que as pessoas podem se sentir dessa
forma em algum período único, porém no caso, a situação se complica quando
parece haver uma pressão inexplicável sobre si.
Em paralelo, há ainda comentários
sobre sua carreira jornalística, e óbvio que isso é muito instigante, benéfico
e divertido, pelo menos para mim, que também sou formada em jornalismo. A gente
sente que há uma sintonia nos pensamentos e a leitura se torna bem mais
envolvente, diante de uma ambientação de editoras, repórteres, redação,
notícias e afins. Com esse livro, percebi que realmente gosto desse gênero
abordado e o quanto é fácil se identificar com algumas ocorrências.
A obsessão e a insegurança se tornam
maiores a medida em que Susannah percebe que está havendo interferências em sua
rotina, seja na área pessoal ou profissional. Ela afirma que tudo pode ter
começado por causa de insetos – para ser mais exata, percevejos – ou apenas por
sua imaginação confusa e conturbada, porém, acredito que a tensão, as sensações
estranhas de formigamento e os receios complexos se intensificam ainda mais com
os acontecimentos repassados.
O texto se mostra tão real e
perceptível que, de fato, parece que o leitor consegue sentir todas as emoções
repassadas. É sincero, comovente, um tanto doloroso e não parece mesmo ter uma
explicação muito sensata. Além disso, não há duvidas do quanto há luta diante
de algo desconhecido, e é exatamente esse aspecto que faz toda a diferença nas
cenas. Realmente é uma leitura ótima!
“Em meus pulsos há uma pulseira de
plástico laranja com algo escrito. Aperto os olhos sem conseguir ler as palavras.
Mas, depois de alguns segundos, as grandes letras se tornam nítidas: RISCO DE
FUGA.” Pg.12
Classificação SEL: 5/5
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