Título: Tudo que um geek deve saber
Uma incrível jornada épica entre RPGs,
jogos online e reinos imaginários
Título
original: Fantasy Freaks and Gaming Geeks: An Epic Quest for Reality Among Role
Players, Online Gamers, and Other Dwellers of Imaginary Realms
Autor: Ethan Gilsdorf
Editora: Novo Conceito
Selo: Novas Ideias
Páginas: 432
Sinopse: O que significa ser um geek? Por intermédio das suas reflexões e da viagem que decidiu fazer, Ethan Gilsdorf conta não somente a sua história, mas a da cultura pop. Jogador, na adolescência, de Dungeons & Dragons e fã de J. R. R. Tolkien, ele pegou a estrada para ir ao encontro de sua família. Nesse incrível tour, o autor viaja para a cidade natal do criador de D&D, Gary Gygax, veste uma fantasia para participar de um RPG e usa trajes medievais para encenar uma guerra em um encontro de nerds. Ao longo de sua jornada, Ethan ainda visita as obras do castelo francês Guédelon, uma incrível fortaleza medieval que está sendo construída hoje com os mesmos recursos utilizados no passado, e viaja para a Nova Zelândia, onde conhece as locações das filmagens de O Senhor dos Anéis. Acompanhe Ethan Gilsdorf nesta jornada sem precedentes, que traz para a realidade a paixão pela fantasia e pelos jogos.
Resenha:
“Tudo que um geek deve saber” é um livro que explora uma história
bem diferenciada, diante de um homem disposto a viajar para lugares incríveis,
se baseando sempre nos jogos e títulos fantasiosos. Nessa ambientação dinâmica,
o autor se mostra ainda mais criativo, ousado e divertido ao destacar seus
pensamentos, devaneios e diversos conhecimentos a respeito do mundo geek.
Ethan
Gilsdorf, o autor e próprio
personagem, demonstra logo nas primeiras páginas que pode ser bem contraditório.
Tem consciência das coisas básicas que precisa fazer, mas ao mesmo tempo nutre
um sentimento mais forte sobre a cultura pop, ao qual sempre fora fã. Seus
devaneios revelam uma pessoa disposta para conseguir seus objetivos, mas as
vezes é preciso fazer escolhas, estas que acabam definindo muito bem sua vida.
Mais engraçado é perceber como Ethan
faz comparações com a vida real e a fantasia. Se imagina nas jornadas e
batalhas, como se não dependesse de mais nada ou como se não houvessem consequências
de seus atos. Pode até hesitar em algumas opções, como ter mais responsabilidades,
mas não recusa quando o assunto está relacionado com seus jogos preferidos.
Ele se perde mesmo diante de sua
imaginação vasta, mas o mais interessante é notar o quanto se dedica nessa
caminhada épica. E é ai que começa a surpresa inicial: quantos anos você acha
que Ethan tem? Confesso que pensei que fosse um adolescente ou alguém mais
jovem, mas aos quarenta anos se mostra ainda mais persistente e intrigado com
temas diante da Idade Média e afins.
Parece estar em conflito diante de sua
idade, afinal de contas, ele já deveria mesmo tentar seguir outros rumos. O
fato que nem ele se vê de tal maneira, por isso se torna mais difícil aceitar
que nem tudo é tão significativo, pelo menos não como deveria ser. Seria então
uma crise da meia-idade?! De qualquer maneira, o destaque está justamente em
como ele nunca deixou de ser alguém sonhador. E de fato, ainda estava tentando
descobrir quem era de verdade.
As referencias de filmes, livros e
jogos, como O Senhor dos Anéis e World of Warcraft, ao longo dos
capítulos também são fundamentais para o desenvolvimento do enredo. Para quem
conhece, também se torna ainda mais interessante por conta desses conhecimentos
na area. Além disso, também há várias explicações sobre ser geek nessa era
moderna, diante de tantas percepções, culturas e inspirações.
“Em minha busca de alcance planetário,
disposto até mesmo a explorar masmorras novamente para encontrar outros
companheiros entusiastas da fantasia, o meu povo, a minha raça, eles teriam as
respostas que eu procurava. Pelo menos era isso que eu esperava” Pg.52
Classificação SEL: 4/5
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