Título: O caso Pedrinho
A emocionante história dos pais em
busca do filho desaparecido por dezesseis anos e os bastidores da investigação
policial e da cobertura jornalística.
Autor: Renato Alves
Editora: Geração
Páginas: 304
Sinopse: O livro traz os detalhes do sequestro na maternidade de uma das crianças mais famosas do país, que ficou conhecido como O Caso Pedrinho. Mesmo passados 12 anos, a história não sai da cabeça do imaginário popular, basta lembrar do garoto e da sequestradora Vilma. O enredo parece de um filme mas o repórter Renato Alves, que acompanhou tudo de perto, revela e compartilha com o leitor os bastidores da investigação policial e da cobertura jornalística do caso Pedrinho, solucionado em 2002. Não era um filme mas teve um final feliz e surpreendentemente. Neste livro reportagem são exibidas em close as entranhas desta comovente história real de amor e perseverança, de falsidade e engano, de generosidade e egoísmo.
Resenha: “O
caso Pedrinho” escrito pelo repórter Renato
Alves, apresenta uma história real, cheia de complexidades, emoções e
surpresas pelo caminho. Antes de iniciar a leitura, já tinha imaginado que a
leitura seria mesmo difícil por conta dos temas em questão. Porém, o que mais
surpreende na trama são as características de cada personalidade, diante de
seus principais objetivos. Isso quer dizer que há uma mistura enorme de
sentimentos, pesquisa, opiniões e questionamentos diversos sobre o caso.
Pedro
Rosalino Braule Pinto
foi sequestrado na maternidade em 1986 por alguém que disse ser assistente
social, mas é só dezesseis anos depois que toda a história vem a tona. A
narrativa em primeira pessoa expõe os passos com clareza, desde telefones que
apontam alguma direção, até outras evidências, testes, resultados, dramas,
denúncias e desabafos, entre outros. Junto com Pedro, outro bebê também foi
pego, Aparecida Fernanda Ribeiro da
Silva e é claro que há ainda mais sobressalto sobre isso.
A gente sabe que nesses casos de
sequestro há sempre muita tristeza, tumultos, comoção e frustração, levando em
consideração todas as informações falsas que aparecem. Depois que terminei essa
leitura, pesquisei na internet outras matérias noticiadas, e realmente há muita
coisa exposta na rede. Não fiquei surpresa por isso, mas sim pelas evidências
encontradas nesse percurso e até pouco tempo atrás ainda havia outros ocorridos
com a sequestradora, Vilma Martins Costa.
De qualquer maneira, tudo é muito
chocada, pois envolve tantas pessoas e momentos de assombros. No fim, a gente
tende mesmo a se perguntar como alguém é capaz de algo assim, mesmo sabendo que
há inúmeros crimes parecidos, ou muito piores, no mundo. E isso sempre vai ser
um pensamento infeliz.
O repórter tinha a noção que estava
com um enorme desafio em mãos, e é por isso mesmo que sempre se mostrou tão
dedicado e atento as complexidades da missão, assim como todos os outros
agentes e pessoas abrangidas. Claro que o texto também explora os pensamentos
de Renato, fazendo com que suas intenções profissionais fiquem ainda mais
perceptíveis ao leitor.
Há muitas complicações pelo caminho,
principalmente pela época não dispor de muitos recursos, mas o que mais chama a
atenção é a capacidade de observação aos detalhes e a dedicação para com a ocorrência.
Mais emocionante ainda é perceber a esperança em que está tão empenhado na
busca, além dos próprios pais do menino – Jayro
Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalino
Braule Pinto.
É uma historia forte e chocante,
principalmente por causa de todas as descobertas. O mais legal é que a trama
possui um direcionamento bem sutil, facilitando todo o entendimento dos
conhecimentos. E as informações deste livro são muito importantes para o
desdobramento de tudo. É algo que aproxima quem está de fora e é claro que não
tem como não se emocionar com os encontros e desfechos.
“O policial está com o resultado do
exame de DNA, feito com o material genético de Jayro e do menino encontrado em
Goiânia. O teste aponta, com 99,99999999992% de precisão, que o rapaz de
dezesseis anos, registrado como Osvaldo Martins Borges Júnior, criado a 200
quilômetros de Brasília, em Goiás, é mesmo Pedrinho, filho de Jayro e de Maria
Auxiliadora Rosalino Braule Pinto, a criança roubada da maternidade Santa Lúcia
em 21 de janeiro de 1986.” Pg.22
Classificação SEL: 4/5
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