Resenha: Uma curva no tempo - Dani Atkins @editoraarqueiro

Informações do livro:

Título: Uma curva no tempo

Título original: Fractured

Autor: Dani Atkins

Editora: Arqueiro

Páginas: 256

SKOOB | GOODREADS

Sinopse: A noite do acidente mudou tudo... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel está desmoronando. Ela mora sozinha em Londres, num apartamento minúsculo, tem um emprego sem nenhuma perspectiva e vive culpada pela morte de seu melhor amigo. Ela daria tudo para voltar no tempo. Mas a vida não funciona assim... Ou funciona? A noite do acidente foi uma grande sorte... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, pai e amigos adoráveis e a carreira com que sempre sonhou. Mas por que será que ela não consegue afastar as lembranças de uma vida muito diferente?

Resenha: “Uma curva no tempo”, de Dani Atkins, apresenta uma história significativa, emocionante, tensa, delicada, determinante e cheia de cenas surreais e sensações peculiares. Me surpreendi bastante com essa leitura, pois desde o começo há uma reviravolta de sentimentos, e nada parece mesmo fazer sentido.

Tudo começou em setembro do ano de 2008. Rachel Wiltshire e seus amigos estavam num restaurante quando ocorreu uma tragédia. Seu melhor amigo, Jimmy Kendall, morreu e só restou toda a tristeza e confusão diante disso. Ele a salvou sem pensar, diferentemente do seu próprio namorado, Matt, que pareceu dar atenção para outra pessoa.

E o pior é que antes do ocorrido, foi possível notar algo na relação desses dois amigos. Não é inexplicável, mas parece que estava ocorrendo em um tempo errado ou por falta de outras escolhas. Só depois de muito tempo, saberia que o amigo estava apaixonado por ela. E claro que com o tempo fica claro quais as pessoas que vale a pena mesmo. Se tem uma mensagem clara neste livro é que não podemos desperdiçar as oportunidades de poder estar ao lado de pessoas especiais.

Após cinco anos, é dezembro de 2013 e realmente muita coisa mudou desde então. Raquel recebe o convite de casamento de sua amiga e sabe que precisa retornar para sua cidade natal. Ela iria ficar apenas três dias, mas sabe o quanto será doloroso rever todos os conhecidos e encarar a cruel realidade.

Rachel ficou com uma cicatriz no rosto, tem dores de cabeça constantes, além de se fechar totalmente e sem conseguir pensar nas consequências daquele dia. Ela só tem 23 anos, mas demonstra estar mais cansada dia após dia. As lembranças não param de surgir e os reencontros com velhos amigos também são inevitáveis. E é interessante o modo como a autora consegue reunir tantos traços relevantes de sua personalidade. E é como a própria personagem sempre cita: um passo de cada vez!

Algo estranho ocorre quando Rachel vai até o cemitério visitar o tumulto de Jimmy. Ela não consegue se lembrar de praticamente nada, além disso, acorda num hospital com muitos questionamentos em aberto. Dizem que sofrera um golpe forte na cabeça, mas muitas coisas não estavam se encaixando. Dentre tantas surpresas, seu pai está curado do câncer que o devastava (na verdade ele alega estar em perfeitas condições), é noiva de Matt e Jimmy está vivo.

Este livro é ótimo e sabe entreter o leitor na medida certa. Fiquei me perguntando o que poderia ser real e qual seria o caminho escolhido pela protagonista. Existem muitos e muitos dramas que foram analisados com detalhes minuciosos, e ainda assim, me sentia tentada pelas respostas reais. O desfecho foi sensacional e eu realmente não esperava menos de tal trama.

“Muito depois de os gritos cessarem, quando o único som que se ouvia era o choro baixo dos meus amigos à espera da ambulância, eu me dei conta de que ainda apertava a moedinha da sorte na palma da mão. Meus dedos se recusavam a soltar o pequeno talismã de cobre, como se com a simples força de vontade eu pudesse voltar no tempo e apagar a tragédia à minha volta.” Pg.09

Classificação SEL: 5/5