Resenha: Beleza perdida - Amy Harmon @Verus_Editora

Informações do livro:

Título: Beleza perdida

Título original: Making Faces

Autor: Amy Harmon

Editora: Verus

Páginas: 332

SKOOB | GOODREADS

Sinopse: Ambrose Young é lindo — alto e musculoso, com cabelos que chegam aos ombros e olhos penetrantes. O tipo de beleza que poderia figurar na capa de um romance, e Fern Taylor saberia, pois devora esse tipo de livro desde os treze anos. Mas, por ele ser tão bonito, Fern nunca imaginou que poderia ter Ambrose… até tudo na vida dele mudar. Beleza perdida é a história de uma cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra e apenas um retorna. É uma história sobre perdas — perda coletiva, perda individual, perda da beleza, perda de vidas, perda de identidade, mas também ganhos incalculáveis. É um conto sobre o amor inabalável de uma garota por um guerreiro ferido. Este é um livro profundo e emocionante sobre a amizade que supera a tristeza, sobre o heroísmo que desafia as definições comuns, além de uma releitura moderna de A Bela e a Fera, que nos faz descobrir que há tanto beleza quanto ferocidade em todos nós.

Resenha: “Beleza perdida”, de Amy Harmon, apresenta personagens marcantes e sutis, e repletos de características chamativas. Além disso, o leitor ainda consegue se emocionar muito com cada uma de suas atitudes, revelações e consequentes dramas. Isso porque a leitura pode até começar despretensiosa, mas tudo muda quando os eventos mencionados começam a fazer sentido.

Os personagens centrais são Fern Taylor, Ambrose Young e Bailey Sheen. Fern é incrível em todos os sentidos, principalmente por ser tão sonhadora e entusiasmada, além de ter tanto cuidado com as pessoas que a cercam. É uma garota que ama romances e apesar de sua timidez, se destaca bastante por suas percepções. Por mais que as pessoas a considerem uma pessoa feia (no sentido da aparência mesmo), é impossível não se identificar com alguma de suas particularidades.

Ambrose é aquele típico cara conhecido, que qualquer um poderia gostar de conhecer. Para Fern, é praticamente um deus grego. Pratica luta e todos o consideram ainda mais promissor por tentar tantas coisas diferentes. Pode até ser pelo fato de ser tão bonito, mas suas habilidades são realmente notáveis.

E seu destino se cruza com o de Fern de forma delicada e ao mesmo tempo extremamente emotiva. Logo, a narrativa aborda um sentido apelativo sobre as circunstâncias, e depois pode-se perceber que tudo sempre esteve interligado e é isso que torna tudo mais interessante. E é nas entrelinhas que as lições se tornam tão claras e cheias de expectativas.

Bailey merece todas as atenções possíveis e nem eu esperava me envolver tanto com suas irreverencias. Suas distrações e diálogos são hilários e cativam mesmo o leitor. Ele tem distrofia muscular, uma deficiência que o impede de fazer muitas coisas, por isso requer muito cuidado. A amizade dele com sua prima, Fern, é maravilhosa e uma verdadeira lição de como as pequenas ações valem muito mais do que imaginamos.

Também há referencias ao 11 de setembro, entre outras situações consideradas arriscadas e perdas recorrentes. Afinal de contas, Ambrose parte rumo ao desconhecido nesse processo, junto com outros colegas, e nem tudo sai como o esperado. Essa relação de confiança também é ainda mais especial. E ai, no meio de tantas tragédias e esperanças, surge a seguinte indagação: Qual será a verdadeira beleza?

Classificação SEL: 5/5