Título: Snow Crash
Nevasca
Título original: Snow Crash
Autor: Neal Stephenson
Editora: Aleph
Páginas:440
Sinopse: Escrito em 1992, Snow Crash, de Neal Stephenson, subverte as realidades virtuais, o cyberpunk e o próprio gênero literário. O livro traz a história de HiroProtagonist que é, no mundo real, entregador de pizza na CasaNostra, enquanto no Metaverso é um príncipe samurai desvendando os enigmas de um novo e perigoso vírus. Snow Crash está entre os 100 melhores romances de todos os tempos eleito pela TIME.
Resenha:
“Snow Crash” é um livro repleto de controvérsias e situações
arriscadas e sérias. Se torna até complicado expressar opiniões sobre a obra,
sendo que está já é demasiadamente carregada de controvérsias. O fato é que é
uma leitura extremamente interessante, mesmo que também seja um pouco
complicada.
Ainda bem que a narrativa consegue
guiar o leitor com as devidas explicações entre as páginas. E por falar nisso,
a edição da Editora Aleph é
fantástica, e o leitor consegue perceber o capricho e a dedicação em todos os
detalhes meticulosos da obra. Cada expressão é importante no texto, mesmo
porque não dá para deixar escapar nenhuma explicação nesta trama tão intricada.
O começo já se mostra extremamente
arriscado, já que há a revelação de entregadores de pizza envolvido com a máfia
e afins, juntamente com a inserção do protagonista Hiro. Percebe-se que o autor
consegue fazer várias referências na ambientação, fato ao qual é necessário
prestar atenção para entender as linhas de raciocínio.
Por falar em protagonista, pode-se
dizer que Hiro possui habilidades
bem peculiares, e o leitor pode até se perguntar quais são seus principais
objetivos, já que ele não deixa isso muito explicito. Posso até estar errada,
mas acredito que a intensão óbvia é que este seja comparado como um herói quase
completo, ou pelo menos com as qualidades mais esperadas pelas pessoas que o
rodeiam. Infelizmente, não gostei do modo com este domina as obrigações e
devidas oportunidades.
YT é outro personagem que também se
evidencia bastante, talvez seja principalmente por seu modo desleixado (o que
não quer dizer que seja mesmo) e ao mesmo tempo arrogante, controlador,
perigoso e aventureiro. Apesar da pouca idade, ela parece ter tudo sobre
controle, e quando entra em cena demonstra que há uma realidade bem maior no
enredo. A adolescente é que parece fazer a diferença nesta trama, contrariando
todas as expectativas possíveis.
O autor Neal Stephenson não falha ao expor suas ideias mais críveis e ao
mesmo tempo ousadas. A inserção de uma droga (que também é um vírus) chamado Snow Crash parece ser surreal dentro do contexto dos planejamentos tecnológicos, só que a
gente sabe que não é. Alguns episódios podem ser considerados meio enrolados,
só que o que torna outras passagens mais interessantes, são justamente as análises
elaboradas e consequentemente apresentadas com vários questionamentos por cima.
“– Quer experimentar um pouco de Snow
Crash?” Pg.49
Classificação SEL: 3/5
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