Título: Suspeitos
Título original: Suspect
Autor: Robert Crais
Editora: Companhia Nacional
Páginas: 280
Sinopse: Scott não está bem desde a aterrorizante noite em que homens não identificados assassinaram sua parceira Stephanie e quase o mataram também, deixando-o cheio de ódio, humilhado e sempre à beira de um ataque de nervos. Maggie também não está bem. A pastora-alemã sobreviveu a três temporadas no Iraque e Afeganistão farejando explosivos até perder seu tratador no ataque de um homem-bomba. Seu estresse pós-traumático é tão grave quanto o de Scott. Eles são a última chance um do outro. Ele era um jovem policial em ascensão, ela foi criada para cuidar e proteger. Juntos, vão começar a investigar o caso que ninguém quer que investiguem: a identidade dos homens que assassinaram Stephanie. O que os dois descobrem é que nada é o que parece ser. Eles seguirão por um caminho que os levará através das obscuras lembranças de seus infernos pessoais. Será que conseguirão sair dessa e encontrar os culpados? Ninguém pode prever.
Resenha:
“Suspeitos”, de Robert Crais,
é um livro intenso, que aborda uma relação inesperada, mas incrivelmente
emocionante. Gosto bastante do gênero de ficção policial, e o que mais chama a
atenção nesse enredo dramático é a compreensão diante da problemática exposta.
A gente sabe que não é nem um pouco fácil perder alguém especial, ainda mais
porque se sente exposto diante dos próprios sentimentos, por isso, é impossível
não notar todas as evidências ao longo das cenas.
Maggie é uma pastor-alemão treinada como cão
de patrulha e detector de explosivos, assim sempre deve estar preparada para o
combate, juntamente com fuzileiros navais no Afeganistão. De acordo com os
detalhes apresentados sobre sua conduta e capacidades, é possível perceber toda
a dedicação dela, assim como de seu próprio tratador Pete.
E claro que, apesar de toda a
problemática e no foco central, Maggie é a personagem que se destaca mais.
Também é muito interessante entender mais sobre suas características específicas,
seja por conta das vantagens de ser mais sensível em seus sentidos nas caçadas
ou simplesmente por ser tão fiel e compenetrada em suas ações.
O mais emocionante é ler sobre as
emoções desse animal, e realmente é isso que faz toda a diferença. Ela fica com
medo e a aflição se mostra mais aparente do que nunca, isso porque perdeu a
pessoa que mais confiava. Os dois tinham uma relação única, e Maggie se viu
totalmente perdida sem ele. Imagina se eu não ia chorar por conta dessas
passagens...
Scott
James também perdeu
alguém importante e se encontra numa posição bem complicada. Stephanie Anders,
sua parceira na polícia, fora assassinada em uma cena desconexa e ainda mais
assustadora. São fatos que marcam, mesmo que frequente terapeutas e tente
lembrar de mais detalhes, os pesadelos continuam e se torna cada vez mais
perigoso chegar perto da verdade.
O caminho de Scott se cruza com o de
Maggie, e parece que tudo começa a fazer mais sentido quando estão perto um do
outro. Os dois interagem bem, apesar de alguns conflitos iniciais, mas parece
que Scott pressentiu que o cão deveria mesmo ficar ao seu lado. E de modo
geral, se complementam no trabalho investigativo, na busca por respostas e nas
mais variadas representações. O desfecho não poderia ser melhor, e por isso
mesmo que fiquei ainda mais curiosa para conferir outros títulos desse autor.
“Maggie sentiu uma vibração profunda
através do corpo enquanto a grossa descarga de combustível passava pela jaqueta que cobria sua cabeça. Ela estava com
medo, mas o cheiro de Pete estava perto. Ela sabia que ele estava a poucos
metros de distância, mas ela também sabia que ele estava bem longe, cada vez
mais.” Pg.17
Classificação SEL: 4/5
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