Título: Cordeluna
Autor: Élia Barceló
Editora: Biruta
Páginas: 310
Sinopse: Mil anos atrás, uma história de amor foi interrompida pela desgraça e uma maldição. Um poder tão maligno que tinha conseguido dominar seus espíritos geração após geração. E enquanto isso, os apaixonados esperam... condenados a se reencontrar e voltar a se perder por culpa do ciúme e do ódio. O cavaleiro e a dama. O guerreiro e a donzela. Até que talvez um dia, talvez em nossa época, séculos depois, um poder superior e benigno consiga pôr um fim ao malefício. Apaixonante novela que combina história e fantasia, amor e maldade, bruxaria e religião, criada pela escritora Élia Barceló, conhecida como a “Dama Negra” da literatura espanhola, ganhadora em duas oportunidades do Prêmio Edebé de Romance Juvenil. A história se passa na Idade Média e é muito bem retratada no livro, que destaca costumes e valores da época. As sangrentas guerras entre muçulmanos e cristãos pela expansão e posse de seus domínios. No posfácio, a editora explica os diferentes períodos da História e descreve a fascinante personalidade de El Cid.
Resenha:
Fico cada vez mais
apaixonada pelo trabalho editorial da Editora
Biruta e quem acompanha minhas resenhas aqui no blog sabe que eu não
costumo falar muito sobre essa parte. Mas é impossível não destacar todos os
detalhes gráficos que complementam, e muito, a obra e valorizam a história de
um modo geral.
“Cordeluna”,
escrito por Élia Barceló, apresenta
uma trama encantadora e repleta de elementos fantasiosos e ao mesmo tempo muito
instigantes, assim como também é bem romântico. Há tantas referências
encontradas durante as cenas que o leitor acaba se perdendo um pouco nos
pensamentos sonhadores que são apresentados. E é por isso mesmo que tudo se
torna ainda mais crível e empolgante.
Os personagens são divididos entre
épocas distintas e é muito fácil poder acompanhar as mudanças que ocorrem neste
percurso. Cordeluna é uma espada e
já foi repassada por gerações, ou seja, tem uma longa história e não é um
objeto qualquer. E assim, o pai de Sancho
lhe deu esta mesma espada quando ele segue Dom
Rodrigo, o El Cid, quando este
fora expulso de sua localidade.
Ele é leal e se sente determinado em
seu objetivo junto ao seu senhor. Sancho
é um personagem incrível e é impossível não se agradar diante de suas atitudes
honrosas. Ele se envolve com Guiomar,
e é uma jovem que se evidencia bastante também por seus princípios dignos e
sentimentais.
Claro que as idealizações não são concluídas,
mesmo porque há uma maldição poderosa envolvida e tudo se torna ainda mais
trágico que o esperado. Nos tempo atuais, um grupo de teatro pretende reviver a
história medieval, porém alguns detalhes acabam deixando a ambientação
arriscada e, de certa forma, bem sombria. E nessa convivência, Glória e Sérgio
são outros personagens que também aparecem e acabam se apaixonando.
A autora conseguiu descrever muito bem
as épocas representadas e são essas alterações que definem tanto o contexto
proposto nas passagens. O leitor se sente dentro da trama, já que a narração é
intensa – por mais que seja juvenil – e determina bem os momentos de redenção,
conquistas e demais conexões entre o passado e a atualidade.
Classificação SEL: 4/5
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